sábado, 5 de maio de 2007

AMARGURA: um “espírito” de falsificação da realidade!

NADA FALSIFICA MAIS a realidade e a comunicação do que a amargura.

Quando ela se instala, pela via das machucaduras, das traições, das frustrações, das repetições desagradáveis, ou das muitas acusações recíprocas — nada mais continua a existir objetivamente na visão e na comunicação entre duas pessoas.

É assim até mesmo entre pessoas que se amam, mas que se feriram de alguma maneira.

Na maioria das vezes alguém feriu alguém, e o ferido se magoa profundamente — dependendo do fato, se magoa até a morte —; e se decide continuar a relação porque vê amor naquele que o magoou (embora lhe tenha sido infiel ou desleal, ou estranho), geralmente não consegue ir adiante sem expor sua dor; a qual, quase sempre, no início vem carregada de acusação, mesmo quando não acusa intencionalmente. Entretanto, como o objeto em questão, é o próprio ouvinte-arrependido, ele acaba por se sentir sempre acusado outra vez.

Com o passar do tempo, aquele que feriu a quem ama, também já está ferido e magoado de um outro modo. Ainda que ele (a) saiba que não tem direito de estar. Mas fica assim mesmo.


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