quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

NÃO SOMOS UMA CARPOTECA



“A Estação do Caminho da Graça não pretende ser uma “carpoteca” – uma coleção de frutos produzidos e preservados para fins de observação -, onde o fruto está morto na essência de ser. Há apenas o observável!
Entre nós, a Graça tem sabor de vida, e assim, a vida ganha sabores, pois a Graça aduba a existência. Por isso, somos um lugar de intensa e verdadeira “frutuosidade”, que acontece da existência para a vida. Aqui, nos interessa aquilo que surge de modo natural, e que é apenas o resultado de se estar ligado à fonte vital – a seiva da Vida.”.
[Francisco Pacheco]



“Fruto nenhum na estação que não é de fruto, é verdade. Deus ama a verdade! A ausência de fruto numa árvore que não está na estação da frutificação, não é uma anômalia; e, nem tampouco é uma declaração de infrutuosidade. Ao contrário: não dar fruto na estação que não é de fruto é o anuncio de que o fruto está em gestação. Nesse caso, não há fruto aparente, embora a árvore já o tenha, posto que está grávida dele. Assim, mesmo quando não há fruto visível, ainda assim sempre há fruto, pois o fruto pré-existe à sua manifestação visível. Todavia, quando se tenta dar aparência de frutuosidade, não havendo verdade - pois o fruto do ser é verdade e amor -, a própria tentativa de produzir o que não é verdade, já é em-si a maldição. Tal ser seca como aquela figueira secou! A verdade é verdade quando é estação de fruto e também quando não é estação de fruto; posto que a verdade é o que é”.
[Caio Fábio]

CAMINHO X ESTRADA

[por Caio Fábio]

A Estrada nos é comum, não há exclusividade.
O Caminho me é particular, singular na Estrada,
que é a mesma para todos.
Agora, o meu caminho na estrada é uma escolha.
Mais importante que a estrada é o meu caminho.
É horrível quando a nossa existência é ditada pela estrada.
Sua proposta é evasão, indiferença, não se incomodar,
é “não conheço”, “não fiz”, “não me envolvo”...
O caminho no entanto acontece no coração
e não se condiciona pela estrada.
Quando ele está definido é mais poderoso
que os argumentos da estrada.
Os filhos da estrada são incessíveis e impermeáveis.
A estrada é ameaçadora.
Os filhos da estrada podem ser de qualquer classe social
ou segmento político, discutem a questão...
Agora o caminho do coração é maior que a estrada
e não encontra o social, mas encontra “gente”.
O caminho (único e inegociável) determinará a estrada.
Poucos são filhos do caminho, a maioria são filhos da estrada,
do fluxo, das coisa coletivas, da auto-justificação.
Com o caminho há significados para mim mesmo,
para Deus e para o próximo.
No caminho há liberdade.


“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros chegaram”.
[Alexandre Graham Bell]

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

SONS DA GRAÇA PARA UM MUNDO SURDO


Por trás do cadáver no reservatório, por trás do ressentimento em uma relação,
Por trás da senhora que dança e do homem que bebe de forma insana,
Por trás do olhar de fadiga, da crise de enxaqueca e do suspiro,
Há sempre outra história, há mais do que nos chega aos olhos.
[W.H. Auden]


Sons!
Apenas sons?!
Não!
Preste atenção!
São sons da graça para um mundo surdo.
Ouça!
Sinta!

No caminho da vida,
muitas vezes passamos
bem ao lado de uma sarça ardente
sem dizer, como Moisés:
“Que impressionante!...
Por que a sarça não se queima?
Vou ver isso de perto”.
[Francisco Pacheco]

SONS DA GRAÇA PARA UM MUNDO SURDO... Você é capaz de ouvir?!

CATEDRAL
Zélia Duncan
Composição: Indisponível


O deserto
Que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranha e só
Nem pude ver
Que o céu é maior
Tentei dizer mas vi você
Tão longe de chegar
Mas perto de algum lugar
É deserto
Onde eu te encontrei
Você me viu passar
Correndo só
Nem pude ver
Que o tempo é maior
Olhei pra mim
Me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está
No silêncio uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei
Vai ter que existir
Vai resistir nosso lugar
Solidão
Quem pode evitar
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua
Dentro de mim
Amanhã devagar
Me diz
Como voltar
Se eu disser
Que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser
Deixa pra depois
Não foi sempre assim
Tentei dizer...

SONS DA GRAÇA PARA UM MUNDO SURDO... Você é capaz de ouvir?!

A CURA
Letra: Lulu Santos / Nelson Motta

Existirá
Em todo porto tremulará
A velha bandeira da vida
Acenderá
Todo farol iluminará
Uma ponta de esperança

E se virá
Será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá
Toda certeza vã
Não sobrará
Pedra sobre pedra

Enquanto isso
Não nos custa insistir
Na questão do desejo
Não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê
Que o inferno é aqui

Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal
A cura

Existirá
Em todo porto tremulará
A velha bandeira da vida
Acenderá
Todo farol iluminará
Uma ponta de esperança

E se virá
Será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá
Toda certeza vã
Não sobrará
Pedra sobre pedra

Enquanto isso
Não nos custa insistir
Na questão do desejo
Não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê
Que o inferno é aqui

Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal
A cura

SONS DA GRAÇA PARA UM MUNDO SURDO... Você é capaz de ouvir?!

SAGRADO CORAÇÃO
Letra: Renato Russo

Sei que tenho um coração
Mas é difícil de explicar
De falar de bondade e gratidão
E estas coisas que ninguém gosta de falar

Falam de um lugar
Mas onde é que está?
Onde há virtude e inteligência
E as pessoas são boas e sensíveis
E que a luz no coração
É o que pode me salvar
Mas não acredito nisso
Tento mas é só de vez em quando

Onde está este lugar?
Onde está essa luz?
Se o que vejo é tão triste
E o que fazemos tão errado?
E me disseram! Este lugar pode estar sempre ao seu lado
E a alegria dentro de você
Porque sua vida é luz

E quando vi seus olhos
E a alegria no seu corpo
E o sorriso nos seus lábios
Eu quase acreditei
Mas é tão difícil

Por isso lhe peço um favor
Pense em mim, ore por mim
E me diga: - este lugar distante está dentro de você
E me diga que nossa vida é luz
Diga que nossa vida é luz
Me fale do sagrado coração
Porque eu preciso de ajuda

sábado, 27 de janeiro de 2007

PORQUE CREIO EM DEUS?


Simplesmente “porque creio” ou “porque acredito que Ele existe” ou “porque tenho o direito de acreditar naquilo que eu quero acreditar...”

O primeiro impulso são tantas maneiras que a gente tenta responder, mas de um jeito evasivo sem muita consistência, sem muita ou nenhuma convicção. São respostas como que, para sair do passo, para os outros escutarem, nos deixarem sossegados e não acreditarem; pois, se empregamos essas respostas como testemunho capaz de levar os outros a acreditar em Deus, eu acredito que o cristianismo já teria acabado há muito tempo.

A pergunta é muito mais profunda e me coloca diante de um enfrentamento, diante do espelho da própria vida: Porque creio em Deus? O que me levou à acreditar n’Ele? Quando e como tomei consciência disso? Assumi essa crença, essa fé? Estou sendo coerente?
Agora começa uma outra história: primeiro, a minha identidade como crente; segundo, a imagem de Deus que criei para mim. E é aqui que a “porca torce o rabo”.

Voltar os olhos para trás e rever a própria caminhada pode ser doloroso. Só o fato de rebobinar o filme alguns anos para trás, já deixa a gente apreensivo. A gente fica tentado a rever somente as melhores partes, as melhores tomadas, as mais agradáveis, e aí, então, a gente revê o filme aos pulos, como aquela historinha das pegadas na areia...

Mas isto faz parte da própria condição humana. Quantas vezes meditei, me perguntei, tentei rever aquele filme? Não sei responder. E agora, neste instante, procurando dar resposta, não como realização de um exercício intelectual, me deparo com o espelho na mão virado de costas e descubro que tudo que escrevi acima é um amontoado de arrazoados que se atropelam em minha mente e me fazem retardar a resposta, numa estratégia de ganhar tempo para acomodar minha consciência à vã esperança de encontrar, talvez, uma frase de impacto, ou bonita ou bíblica para parecer religioso ou quem sabe até uma frase “teológica” para parecer mais profundo. Graças a Deus, há razões que o coração ignora. Ah, o coração!
E que seria de mim, se fosse apenas intelecto ou só coração? E, se fosse intelecto e coração? Mas, graças a Deus, não sou apenas isso: intelecto e coração. Sou também, consciência, vontade, desejo, livre-escolha, senso-crítico, caminhante que sofre os percalços externos do caminho e procura caminhar acompanhando o compasso de meus companheiros, apesar de minhas limitações e de minhas fraquezas. Ai de mim se caminhasse sozinho.

Foi neste caminhar solidário, a dois, a seis, a cem... que fui encontrando respostas, fui deslumbrando novas faces de Deus que algumas vezes me enganaram, me frustraram, me deixaram cheios de dúvidas, em revolta, com mágoa, em aridez e apatia, com vergonha... Mas o Bom Deus, que é Pai, que é Mãe, que é Caminheiro-Companheiro, paciente e misericordioso se encarregou de ir me mostrando suas outras faces, aquelas que não enganam, que não aprisionam, que não alienam, que respeitam a liberdade, que dignificam o homem, que humanizam sua vida e o tornam agente de sua própria história.

História que sim, assumida com amor, pode transformar a face do mundo e transfigurar na humanidade a face de Deus, do Deus de Jesus Cristo. É esta FACE de DEUS que ainda estou procurando e desde já conto com Sua Graça, com Seu Amor para que eu possa ser o espelho virado que reflita Sua IMAGEM aos irmãos que se aproximarem de mim. Até quando, Senhor, serei um espelho embaçado?

É por Tua Graça que creio em Vós, é pela Palavra de Teu Filho que creio em Ti, é pelo sopro de Teu Espírito que sou impelido para Teu colo acompanhando a corrente de homens e mulheres que te procuram para juntar-se ao mar de Teu Amor.
Senhor, eu desejei ser honesto, nesta apresentação de razões onde procuro responder àquela pergunta primeira. Tu me conheces por dentro e fora, não sei se as incoerências de minha vida permitem explicitar a minha fé em Vós; por isso, te peço com as palavras de Teu amigo Pedro: ”Aumenta a minha fé”. Quero ainda te pedir perdão, fazendo minhas as palavras de Teu servo cego: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim” e finalmente, permite-me te confessar com as palavras de Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”.

José Arnoldo Pacheco Ruiz
1995.

*********

Pai Amado,

Sei no meu coração, que hoje, o meu pai já sabe a Resposta para todas essas questões. Pois em Ti, ele se sabe completo, e não há mais buscas. Ele está em Ti!

Obrigado pai, muito aprendi! Hoje, sou eu quem faz o caminho no Caminho. E, sei que Nele está o Tesouro que buscamos.

Chico
2007.

FRAGMENTOS

Graça significa que não há nada
que possamos fazer para Deus
nos amar mais e nada que possamos
fazer para Deus nos amar menos.
[Philip Yancey]

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
oque me faz sentir
Eu, caçador de mim
[Milton Nascimento]

O Cristianismo é uma perversão,
transformando o Evangelho puro e simples
numa religião com dogmas, doutrinas,
usos, costumes, tradições imutáveis, moral própria
e muita barganha com os homens.
Pratica-se assim uma obra de estelionato
contra o Evangelho de Cristo.
É difícil imaginar que Jesus tenha qualquer coisa
a ver com o que nós chamamos de 'igreja',
seja aquela que se abriga no Vaticano,
ou sejam aquelas que têm tantas sedes
quantos pastores, bispos e apóstolos megalomaníacos.
[Caio Fábio]

Os dogmas assustam como trovões
e que medo de errar a seqüência dos ritos!
Em compensação,
Deus é mais simples do que as religiões.
[Mário Quintana]

E veio o dia onde o risco
de permanecer dentro do apertado vaso,
tornou-se mais doloroso
que o risco de se deixar florescer.
[Chantelle-Claire]

No último julgamento Cristo nos dirá:
“Vinde, vós também! Vinde, bêbados!
Vinde, vacilantes! Vinde, filhos do opróbrio!”
E dir-nos-á: “Seres vis, vós que sois a imagem
da besta e trazem a sua marca,
vinde porém da mesma forma, vós também!”
E os sábios e prudentes dirão:
“Senhor, porque os acolhe?”
E ele dirá: “Se os acolho, homens sábios,
se os acolho, homens prudentes,
é porque nenhum deles foi jamais julgado digno.”
E ele estenderá os seus braços, e cairemos a seus pés,
e choraremos e soluçaremos,
e então compreenderemos tudo,
compreenderemos o evangelho da graça!
Senhor, venha o teu reino!
[Fyodor Dostoievski]

Vinde a mim,
todos vós que estais cansados e sobrecarregados,
e Eu vos aliviarei.
Aprendei de mim,
que Sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para vossas almas.
[Jesus Cristo]

Senhor, obrigado!
Obrigado, pelo meu ser em Ti!
[Francisco Pacheco]

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

OUVINDO O EVANGELHO HOJE

.::MENSAGEM DO PR. CAIO FÁBIO::.

Parte I



Parte II



Parte III



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terça-feira, 23 de janeiro de 2007

UMA ORAÇÃO PARA O DIA DE HOJE

[por Caio Fábio]

"...Levanta-te, ó Deus! Levanta-te, ó Deus, e salva o Teu povo!

Salva-nos do opróbrio que sobre nós se abateu, do ódio que entre nós foi semeado, das doenças persecutórias que entre nós se instalaram, do puritanismo farisaico que empedrou nossas almas em nome da piedade, do espírito de comercio que “possuiu” esta geração, da desconfiança e do espírito de divisão; da jactância, da insinceridade, da busca de força e poder, das glórias humanas, das canalhices beatificadas, do “verdadeirismo satânico”, do charlatanismo desumano, das síndromes de Lúcifer, das síndromes de Caim, do espírito de Balaão, do legalismo dos fariseus, da vazies dos saduceus, da maligna meticulosidade letrista dos escribas, do fermento político de Herodes, do pecado contra o Espírito Santo que cometem todos aqueles que amam mais a seus postos do que a realidade da ação de Deus, e, assim, preferem chamar de diabo e belzebu a verdade do Evangelho, à terem que abrir mão de seus postos na religião que julga, condena, mata, e põe guarda à porta da tumba para tentar prevenir a Ressurreição.

Que os céus se abram e que sobre o Teu povo chova a Tua Graça!

Abre nossos sentidos em sonhos, em entendimentos e em revelações na Palavra e da Palavra.

Tira o véu que puseste sobre nossos olhos, e faze-nos acordar deste pesadelo que se tornou o existir dos que dizem que confessam o Teu Nome!

Salva-nos do engano dos que em nada crêem, do engano dos que em tudo crêem, do ardil dos que em nada crêem mas confessam que em tudo crêem, e, também,salva-nos do engano dos zelosos que cultuam sem amor!

Guarda nosso coração de tentar guiar sem amor, de buscar liderar sem humildade, e negociar a verdade em troca de poder ou posição, e de se esconder sob as bandeiras da bondade para ocultar nossa própria dissimulação.

Deus Vivo, faz vir sobre nós o Tsunami de Tua salvação!

Nele, em Quem tudo isto já é Fato,

Amém.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

ORANDO COMO UM FILHO PRODIGO

[por Carlos Bregantim]

Graças te dou Pai, porque não são poucas as vezes que vou para uma “TERRA DISTANTE”, mas, ao me lembrar de Ti, sei que posso voltar.

Graças te dou Pai, porque ao voltar, antes que Te encontres, Tu me encontras. Antes que Te abraces, Tu me abraças. Antes que Te peças perdão, sinto que já me perdoaste.

Graças te dou Pai, porque ouço a Tua voz nos Teus gestos de amor. Sinto Teu amor no toque de Suas mãos.

Graças te dou Pai, porque não preciso me justificar,
Tu me justificas.

Graças te dou Pai, porque Tu me restaura a identidade, a dignidade, os valores e os vínculos.

Graças te dou Pai, porque Tu desces ao meu plano
e ficas comigo.

Graças te dou Pai, porque Teu olhar constrange os outros olhares e o meu próprio.

Graças te dou Pai, porque sempre volto e Tu sempre me acolhes em Cristo. Amem.

REFLEXÃO: Qual é sua “TERRA DISTANTE” hoje?

Pense nisto!

sábado, 20 de janeiro de 2007

"DIÁRIO-DE-BORDO" DE UM CAMINHANTE - atualizado

[por Francisco Pacheco]

Amados "do Caminho" sublime que se manifestou aberto para todos,

Paz e alegrias!

"Diário-de-bordo": 20/01/07

Acabei de me despedir do Luciano. Entrei numa Lan House, aqui da rodoviária de Juiz de Fora mesmo, a fim de olhar os e-mails enquanto aguardo a hora de embarcar para "a proxima parada". Descerei em Xerém, um bairro do distrito de Duque de Caxias. Ficarei hospedado na sede campestre do Banco do Brasil. E amanhã, logo pela manhã, me encontrarei com o Carlos e o pessoal do Caminho de lá. Vamos passar o dia juntos... Devo sair do Rio à tarde, e portanto, chego em BH logo à noitinha.

Bom... Me bateu uma vontade de compartilhar, nestes poucos minutos que me restam, a experiência maravilhosa que tive em Juiz de Fora. O Luciano e a Raissa, pessoas maravilhosas, de tudo fizeram para tornar minha curta estada entre eles, a mais agradável possivel. Logo que cheguei, fui conduzido à casa da Raissa, namorada do Luciano, e lá, conheci a Dona Ana, mãe da Raissa, e a vozinha... Todos gente-muito-boa-de-Deus! Batemos um longo papo... E depois veio aquele lanchinho, que me caiu muito bem! E mais bate-papo! Foi tudo muito bom!!!

Mais a noite, fomos para a casa do Luciano, onde teriámos uma pequena reunião. Algo bem informal. Um bate-papo de caminho! E foi o que fissemos... Conversamos muito sobre o entendimento do "espírito do Caminho". O Luciano falou de suas dificuldades no processo, e também, de projetos que deseja para este ano. Há muito que caminhar...

A fim de esclarecer algumas coisas e orientá-los no processo em que estão, propus que fizéssemos a leitura de um texto em Jonas. A Palavra, que já ardia em nossos corações, foi lida com reverência e atenção. E naquela noite, Jonas muito nos falou! Penso que as percepções da mensagem ficaram bem claras para todos ali... Procurei destacar, como orientações práticas, alguns pontos que considero relevantes para a Estação. Falei do "processo de individuação" que acontece nas Estações, enquanto lugar existencial de constituição da identidade e de confirmação da vocação. Processo este, que só acontece, quando, de fato, há uma conscientização da Graça e um amadurecimento no "espírito do Caminho", que é conforme o andar de Jesus na Terra como descrito nos Evangelhos.

Nesta mesma noite, conheci a Dona Sebastiana, mãe do Luciano... Faz uma torta de frango... Hummmm! Trem bão dimais, sô!!! Pena que não levei um pedaço para viagem (rsrs)!!! Amei a todos! Breno... Otavio... Amei a todos!!! Vocês marcaram a alma deste caminhante!

Que ENCONTRO MARAVILHOSO tive nesta noite! Vi, claramente, a realidade de um encontro humano que acontece em torno de Jesus. Humildade! Simplicidade! Carinho! Reverência! Busca sincera! Amor verdadeiro por Jesus Cristo...!!!

No dia seguinte, sábado, logo pela manhã, retornamos para mais um encontro com "os do Caminho". E desta vez, com base no texto paradigmático de Atos 8, falei sobre como é "ir-sendo no Caminho do Evangelho". Foi mais um momento maravilhoso e enriquecedor!

Meus queridos, espero ter sido útil a todos vocês! Mas, saibam que em tudo fui enriquecido pela vida de vocês! Sai de juiz de Fora, fortalecido e renovado! E com uma alegria muito grande no coração.

Já sinto a saudade bater no coração!!!

O Caminho da Graça em Juiz de Fora é uma realidade!!!

Oro por cada um, de modo que Deus os enriqueça em tudo. E que a cada dia, vocês experimentem a Graça na vida!

Bjos a todos!

Chico,
No Caminho!!!

**********

Luciano, meu querido "cooperador do Evangelho" que tem feito o "caminho para fora" em Juiz de Fora: paz e vida!

Li seu comentário, hoje pela manhã... Chorei de alegrias e gratidão a Deus pela sua vida, e pela oportunidade de conhecer a todos vocês.

Meu querido irmão, sei que você não se envergonha do Evangelho, e por isso, retenha com fé e amor em Cristo, tudo o que você tem ouvido e aprendido. Tenha ânimo! Para isso, fortifique-se na Graça que há em Cristo Jesus! E pregue o Evangelho, a Palavra da Graça, estando sempre preparado a tempo e fora de tempo...

Obrigado por tudo!

Bjos,

Chico.
Belo Horizonte.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

O RELÓGIO DO JUIZO FINAL SE MOVEU...

[por Caio Fábio]

Depois que os americanos jogaram duas bombas atômicas sobre o Japão, pondo um fim à guerra no Pacifico em 1945, um grupo preocupado com o significado destrutivo daquele aparato de morte, decidiu criar “O Relógio do Juízo Final”.

O “relógio” não existe como artefato, sendo apenas um medidor estatístico de perigos e ameaças reais ao nosso planeta.

Esta semana os aspectos climáticos que ora se impõem sobre a Terra como conseqüência do chamado Efeito Estufa, e o Furo na Camada de Ozônio, foram incluídos, finalmente, entre as maiores ameaças à Humanidade.
O “relógio” foi mexido outra vez esta semana!

Ora, esta é a quarta vez, desde o final da Guerra Fria, que o ponteiro do relógio avança, passando de 11: 53 para 11:55, em meio aos temores do que os cientistas chamam de uma "segunda era nuclear", desencadeados pelos impasses entre o Ocidente e o Irã e a Coréia do Norte. Além disso, há o risco do Efeito Estufa, conforme afirmei acima.

"Os perigos da mudança climática são quase tão graves quanto os das armas nucleares", diz a organização Boletim de Cientistas Atômicos.

Fundada em 1945 como uma publicação distribuída entre físicos nucleares preocupados com o risco de um holocausto nuclear, a organização cresceu para focalizar as ameaças criadas pelo homem para a sobrevivência da Humanidade.

"Como cientistas, compreendemos os perigos das armas nucleares e seus efeitos devastadores, e estamos aprendendo como as atividades e tecnologias da humanidade afetam o clima de formas que podem mudar a Terra para sempre", disse o físico Stephen Hawking. Ele também declarou que o aquecimento global representa uma ameaça ainda maior que o terrorismo.

O Relógio do Juízo Final, que nos últimos 60 anos acompanha as idas e vindas da tensão nuclear, agora passará a seguir a temperatura mundial, disse o editor do boletim, Mark Strauss. Mas a ameaça de conflito nuclear continuará a ser a principal preocupação do grupo.

Para mim, todavia, o que os cientistas ainda vacilam em admitir é que os efeitos no clima, são muito mais letais que qualquer outro efeito e ameaça por eles indicado como tendo poder de destruir a Humanidade!

E por que digo isto?

É simples: os demais perigos, como uma guerra nuclear e o terrorismo atômico, podem levar a Humanidade a uma guerra de proporções devastadoras e completamente apocalípticas. Entretanto, os elementos relacionados ao clima, não nos vêm como ataques de guerra, mas como o resultado daquilo que os humanos chamam de benção e conforto; coisas como petróleo, gasolina, geladeiras, cidades, energia elétrica; e que são oriundas de elementos poluentes como o petróleo. Isso sem falarmos nas queimadas de florestas... — para muitos amparada em fortes razões econômicas.

Desse modo, fica muito mais fácil ver negociações políticas controlarem possíveis deflagrações de uma guerra nuclear, do que vermos os mesmos políticos pararem a corrida pelo ouro oleoso do petróleo.

Portanto, os aspectos do problema da hecatombe climática, em muito excedem os demais perigos; pois, trata-se de algo que corre aceleradamente, sistematicamente, e de modo silencioso, sem explosões e sem histerias nacionalistas.

Por isto eu creio que em no máximo cinco anos os cientistas estarão apavorados é com o Clima da Terra, mas do que com as armas nucleares.

A Humanidade possui (e já faz meio século) os meios para patrocinar a sua própria auto-extinção. Entretanto, controlar botões atômicos é uma decisão que, se por um lado demanda muito juízo (bom senso) por parte dos líderes do mundo, de outro lado, é algo muito mais fácil de parar.

Como, todavia, parar o mundo em razão das ameaças à Terra criadas pelos meios de produção de toda a Humanidade?

Num tempo em que Bushanás invade o Iraque a fim de controlar, entre outras coisas, o Petróleo, o que dizer de seu significado?

Sim! O que dizer do poder que o petróleo tem tido, ao ponto de dar significado e importância a desertos estéreis, como as “terras ricas” do mundo árabe ? E mais — de fazer com que aqui ao nosso lado, um cara como Hugo Chaves (que se não fosse um traficante de influencias políticas, provavelmente seria um traficante de outra coisa) se assente como o grande líder da América Latina, exclusivamente pelo poder energético que uma “coisinha” de país como a Venezuela possui — pergunto: tais fatos nos dizem o quê acerca do significado do petróleo para os interesses humanos?

Sim! Bushanás é o grande comprador de petróleo, viciado nele, e que é capaz de invadir os países menores em poder na escala das medições politicamente corretas (como acontece a todo o mundo mulçumano na avaliação do Ocidente, como foi o caso do Iraque), em razão do “pó-molhado”, e que move as máquinas da Terra!

Já Hugo Chaves de Cadeia, é o traficante desse produto na América Latina, e, em razão disso, angaria o poder que em suas mãos cresce, e que o faz declarar, como um Fidel moderno (e que não tem apenas uma ilha cheia de cana de açúcar e charuto, mas sim muito petróleo), que ele é o novo líder da América Latina, re-inventor do Novo Socialismo.

Ora, somente num mundo dependente de petróleo como o nosso, um falastrão como Chaves teria o poder que ele hoje detém.

Assim, o que o vejo não é uma ação de “dês-poder” dos detentores do petróleo, mas, ao contrário, um cenário no qual os países detentores dessa fonte de energia altamente poluente, ganham mais e mais poder político, além do econômico — exceto se não conseguirem manter a linha de negociação e obediência, como Saddam.

Hugo, por seu turno, aposta no poder do “politicamente correto”, pois, de fato, ele não acredita numa ação americana na América Latina apenas em razão de que aqui, neste continente “cristão”, católico, e muito mais alinhado com os hábitos ocidentais, seria muito feio e inexplicável, pelo menos por hora, qualquer ação de natureza despótica ou invasora.

Mas, até quando?

Assim, creio que o Relógio do Juízo Final sofrerá dramáticas alterações nos próximos cinco anos, não apenas em razão da ameaça nuclear hoje patrocinada pela Coréia do Norte e pelo Irã; e não apenas por causa da ameaça do terrorismo atômico, mas, sobretudo, em razão dos elementos relacionados ao meio-ambiente.

De acordo com o Relógio do Juízo Final, agora seriam cinco para a meia noite. Meia-noite seria a Hora H. Ou melhor, a Hora F. Sim, hora “F”, de Final.

Entretanto, o que vale é lembrar, conforme tenho insistentemente dito, e já faz tempo, que o perigo climático é muito maior, posto que pode nos trazer suas conseqüências ainda que, e, sobretudo, se estivermos em paz na Terra.

Ou seja — se brigarmos, nos mataremos; e se tivermos “paz e segurança” políticos, nossa paz nos levará tranquilamente para o lugar de nossa sepultura ambiental.

Esta é a Terra. Este o mundo. Estes somos nós!

Nele, que nos disse que se não nos convertêssemos ao Criador, assim seria, e por nossas próprias mãos,

Caio

18/01/07
Lago Norte
Brasília

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UMA CONFISSÃO SOBRE A GRAÇA

[por Caio Fábio]

A Graça é dom de Deus, apropriado pela fé, que também é Graça (Ef 2.8,9), pois, é também dom de Deus (At 11.18; 2Tm 2.25); a qual se origina do trabalho do Espírito Santo na consciência-coração humano (Jo 15.26), pela revelação da Verdade (Jo 14.6; 1Jo 2.27-29), que é Cristo Jesus; o qual é o Princípio e o Fim—Alfa e Ômega—de toda relação de Deus com a criação e todas as criaturas (Rm 8.18-25; Cl 1.15-20; Ef 1.10,22; Ap 1.8), visto que Ele se-fez-foi-feito-em-si-mesmo (Jo 10.18; 1Co 15.27,28) o Cordeiro imolado antecipadamente pela culpa da criatura e de toda criação, antes da fundação do mundo (1Pe 1.19,20); sendo que, entre os homens, Sua manifestação histórica se realizou na Sua encarnação, morte, ressurreição e ascensão acima de todas as coisas (Fp 2.9); e, foi Ele, o Cordeiro de Deus, quem estabeleceu que por Sua Graça se pode ter Vida (Rm 8.2; Jo 10.10); e, isto, não é tão somente algo que se manifesta dos céus para a terra, mas também entre os humanos na forma de duas tomadas de consciência: a primeira é que quem recebeu Graça não nega Graça, pois, quem foi perdoado tem que perdoar (Mt 6.12); e, em segundo lugar, mediante a cessação dos julgamentos entre os homens, visto que, quem foi absolvido pela Graça de Cristo já não se oferece para ser juiz do próximo (Mt 7.1,2; 18.21-35); antes pelo contrário, tal percepção induz a caminhar na prática das obras preparadas de antemão para que andássemos nelas (Ef 2.10), sendo sua maior expressão o amor com que devemos nos amar uns aos outros (Rm 13.10); e, sendo assim, para tais pessoas, guiadas pelo Espírito da Graça, a germinação de seus corações na fé em Jesus, gera o fruto do Espírito que torna toda Lei obsoleta e desnecessária para a consciência que recebeu a revelação do Evangelho (Gl 5.23). O resto é invenção humana para diminuir a Loucura da Cruz e o Escândalo da Graça (1Co 1.18-23).

Texto extraído do livro “O enigma da Graça” – Caio Fábio

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

UM CONVITE À DOCE REVOLUÇÃO - O Reino é simples!



UM CONVITE À DOCE REVOLUÇÃO – O Reino é simples!

Artigo 1 – Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 – Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.

Artigo 3 – Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar.

Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.

Artigo 4 – Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar.

Parágrafo que nada pára: O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.

Artigo 5 – Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silencio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.

Artigo 6 – Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.

Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.

Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade.

Parágrafo único: Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.

Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.

Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.

Parágrafo certo: A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.

Artigo 11 – Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.

Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.

Parágrafo da vida: Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.

Artigo 13 – Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.

Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.

Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.

Artigo 16 – Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.

Artigo 18 – Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.

Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.

Artigo 20 – Amém!

Caio e tantos quantos creiam que uma revolução não precisa ser sem poesia.

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Amados, “nossa tentativa é de experimentar, provar e viver o eterno Vinho Novo em Odres Novos! Isso porque existem muitos Odres Antigos, que são só odres, são só ‘containers’, eles não fazem parte do conteúdo do Evangelho.

O Evangelho é o Vinho, o resto é apenas, generacional, tem a ver com o tempo, com a hora, com a ocasião. Só que nós, cristãos, acabamos institucionalizando o Odre, e o Odre ganhou uma importância tão grande, que a gente briga, mata e morre pelo Odre, mas não tem ninguém interessado com a qualidade do Vinho! E se é assim, nós não estamos aqui para repetir os modelos de Odres que existem, mas estamos pedindo a Deus que não nos falte o conteúdo do Vinho Novo do Evangelho para pacificar o coração de cada um, em nome de Jesus.”

Para você, que deseja conhecer o “Caminho da Graça”, basta clicar nos links abaixo:

O Caminho da Graça para todos – Parte I

O Caminho da Graça para todos – Parte II

Palestra do Pr. Caio Fábio em Santos – Parte I

Palestra do Pr. Caio Fábio em Santos – Parte II

Conheça a Estação do “Caminho da Graça” em Belo Horizonte

domingo, 14 de janeiro de 2007

SER IGREJA: RESGATANDO O SIGNIFICADO DE SER

i.gre.ja /ê/ s.f. 1. (inicial maiúsc.) corresponde ao que Jesus e o N.T. definem como Igreja; ou seja, o encontro com Deus e uns com os outros em torno do Nome de Jesus e em acordo de fé com o Evangelho – o que faz de todo Encontro Humano, em fé, um encontro-igreja, onde Jesus promete estar presente, mesmo que sejam apenas dois ou três re-unidos em Seu Nome! E só se re-unem em Seu Nome por se saberem a Ele unidos!

2. (termo “entre aspas”) é a representação histórico-institucional do fenômeno histórico, social, econômico, político e culturalmente autodefinido como “igreja” – e que tem uma hierarquia (clero), sigla (denominação), geografia-fixa (prédio) e membros-sócios!

3. Igreja a gente encontra no caminho. “Igreja” a gente vai ao encontro dela ou a gente a identifica pela placa ou pela propaganda.

Baseado no texto "Glorio-ossário" do livro "Sem barganhas com Deus" [Caio Fábio], p. 15.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

É CHEGADA A HORA! A REVOLUÇÃO COMEÇOU!

[por Francisco Pacheco]

Deus nos fez estar VIVOS NESTE TEMPO DIFERENTE a fim de que cada um seja uma expressão viva da Palavra da Graça. Fomos chamados para uma jornada existencial que tem a Jesus Cristo como MODO DE SER na vida. Ele é o EVANGELHO! E o Evangelho é uma BOA NOVA para hoje! Por isso, “busquem experimentar os benefícios dessa PRESENÇA VIVA em si mesmos; ou seja: em sua própria existência!”. Fomos chamados da morte para a vida, de maneira que portamos visceralmente O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA.

Nossa vocação mais essencial não é para fazer, mas PARA SER. Ser um povo de ANDARILHOS DA FÉ. Onde cada um, em sua existencialidade, vivencia uma nova dimensão da vida, e se percebe um MULTIPLICADOR da Palavra da Vida que habita em nós. Tendo sido chamados da tumba para a vida, experimentamos a realidade da Graça em nossa existência. E como Lázaro, que não mais exala o odor da morte, mas sim, o CHEIRO DA VIDA para a vida, devemos SEGUIR SENDO no caminho desta Graça.


É hora de pregar a Palavra da Graça do Evangelho de Jesus. É hora de sermos... É hora de mostrar que estamos levando o Evangelho a sério! Não há mais tempo. É hora de atacar. De agir. De convidar...! Somos chamados, Nele, para vivermos o Evangelho da Graça nesta geração!


Está havendo uma DOCE REVOLUÇÃO DO EVANGELHO no nosso meio! E fico muito feliz em ver na vida de cada um de vocês uma nova CONSCIÊNCIA crescendo a cada passo no Caminho. Oro para que vocês experimentem esta consciência da Graça na intimidade do “quarto secreto”; ou seja: dentro de si mesmo, e que assim, cada um de vocês dêem frutos que correspondam ao Evangelho!


Meu desejo e oração é que “o coração de vocês se encha de coragem, e que unidos em amor, fiquem completamente enriquecidos com a segurança que é dada pela verdadeira compreensão do mistério de Deus. Estejam certos de que este mistério é Cristo, o qual é a chave que abre todos os tesouros escondidos do conhecimento e da sabedoria que vem de Deus... Fico alegre em saber que vocês estão unidos e firmes na fé em Cristo”.


Amo a todos vocês.


Nele, em quem somos na medida que caminhamos

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

UMA GRAÇA QUE POUCOS DESEJAM

[por Caio Fábio]

Amados Caminhantes e amigos na mesma confissão de esperança: Graça e Paz!

O motivo deste é lembrar “aos do Caminho” que têm também um compromisso de fé e amor com a mensagem e o propósito do “Caminho da Graça” — que não temos que abrir mão de nosso direito de primogenitura na alegria de dar, de ser generoso, e de exercitar a Graça como dádiva nossa aos outros.

O que sinto é que em razão dos traumas com as “igrejas e pastores abusivos”, muitos foram para outro extremo, sendo enganados pelo diabo, o qual lhes diz que tudo é vigarice; e, assim, tendo um dia sido explorados, hoje caminham para se tornarem frios, cínicos, usurários e indiferentes.

Que pena!

Em 1986 escrevi um livro intitulado “Uma Graça Que Poucos Desejam”; o qual é todo baseado em II Coríntios 8-9. Em breve o livro estará em "e-book" e a todos estará disponível aqui no site.

Leia o texto que transcreverei a seguir, pois lhe fará muito bem e abrirá seu entendimento para essa “Graça que poucos desejam” — a Graça de Contribuir, conforme fizeram os Macedônios.

Leia, por favor!



Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos.

E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus; o que nos levou a recomendar a Tito que, como começou, assim também complete esta graça entre vós.
Como, porém, em tudo, manifestais superabundância, tanto na fé e na palavra como no saber, e em todo cuidado, e em nosso amor para convosco, assim também abundeis nesta graça.

Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.
E nisto dou minha opinião; pois a vós outros, que, desde o ano passado, principiastes não só a prática, mas também o querer, convém isto.

Completai, agora, a obra começada, para que, assim como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses.

Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem.

Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade; como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve falta.

Mas graças a Deus, que pôs no coração de Tito a mesma solicitude por amor de vós; porque atendeu ao nosso apelo e, mostrando-se mais cuidadoso, partiu voluntariamente para vós outros. E, com ele, enviamos o irmão cujo louvor no evangelho está espalhado por todas as igrejas.

E não só isto, mas foi também eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho desta graça ministrada por nós, para a glória do próprio Senhor e para mostrar a nossa boa vontade; evitando, assim, que alguém nos acuse em face desta generosa dádiva administrada por nós; pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor, como também diante dos homens.

Com eles, enviamos nosso irmão cujo zelo, em muitas ocasiões e de muitos modos, temos experimentado; agora, porém, se mostra ainda mais zeloso pela muita confiança em vós.

Quanto a Tito, é meu companheiro e cooperador convosco; quanto a nossos irmãos, são mensageiros das igrejas e glória de Cristo.

Manifestai, pois, perante as igrejas, a prova do vosso amor e da nossa exultação a vosso respeito na presença destes homens.

Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos, porque bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio junto aos macedônios, dizendo que a Acaia está preparada desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado a muitíssimos.

Contudo, enviei os irmãos, para que o nosso louvor a vosso respeito, neste particular, não se desminta, a fim de que, como venho dizendo, estivésseis preparados, para que, caso alguns macedônios forem comigo e vos encontrem desapercebidos, não fiquemos nós envergonhados (para não dizer, vós) quanto a esta confiança.

Portanto, julguei conveniente recomendar aos irmãos que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada, para que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza.

E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.

Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.

Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra; como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.

Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus.

Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos, enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós.

Graças a Deus pelo seu dom inefável!



Prosseguindo....

Desde 1974 tenho levantado fundos discretamente para a manutenção das obras de divulgação da Palavra.

Naquele tempo os discípulos no Brasil só contribuíam para a “igreja”, a qual se auto-proclamava “único banco” autorizado para receber doações “para Deus” — o dízimo!

Sim! Naquele tempo contribuir “fora da igreja” era pecado. Eles até faziam vista grossa para as contribuições que não fossem “dízimos”. Mas se alguém dissesse que estava dizimando numa “obra” ou numa “missão”; ou mesmo dando o dizimo para alguém “carente” — a reprimenda era imediata.

Entretanto, durante décadas, com todo respeito, lisura, discrição, honestidade, separando sempre o que era “meu” do que era da “missão”; e mais: tirando do meu apenas o dizimo para mim (meu sustento e de minha casa) e doando o resto para as obras de evangelização e ajuda aos necessitados — levantei muito dinheiro, sem ninguém ver, e sem alarde. Dinheiro com o qual enchemos o Brasil por décadas com a pregação do Evangelho, tendo o respeito de todos, de dentro e de fora. Além disso, todo o recurso arrecadado era posto, sem exceções, nos projetos apresentados ao povo. E acerca disso tenho muitas testemunhas!

Hoje tudo mudou!

A decepção que é o fruto do escárnio dos líderes tornou a maioria cínica e avara!

Até os melhores de antes estão pedrados e indiferentes hoje...

Esse carnaval, essa orgia de engano e de manipulação que tomou conta do país, não só tem feito mal aos que pensam que “aquilo” tem qualquer coisa a ver com Deus e com o Evangelho, mas, muito para além disso, fez muito mal aos que saíram de tais meios; pois, hoje, tornaram-se cínicos; e tomam a maldade sobre eles praticada como álibi para não mais exercerem a generosidade conforme Jesus.

Chega!

Temos muito a fazer nestes dias maus!

É hora de parar com a criancice e metermos a mão no bolso conforme a proporção da fé, e contribuirmos para o avanço do Evangelho enquanto é tempo!

Tem gente que me pergunta por que não estamos na televisão em rede nacional. Minha resposta é simples: Por causa de gente como você, que pensa que uma pergunta muda alguma coisa!

Sim! Gostar, perguntar, pedir, implorar, etc. — não muda nada. O que faz mudar é o ato, a ação, o gesto, a atitude, a disposição e o efetuar.

Assim, peço a todos os que lêem este site e dizem que ele os ajuda essencialmente; e que apregoam a certeza de que o Evangelho é nele e por mim anunciado com clareza; e que dizem que a hora é grave; e que lamentam não haver alternativas públicas para a pregação da Palavra no país — Sim! Peço que parem de falar, falar e falar; de resmungar, de lamentar, de se doerem pela ausência do que é bom; e, ao invés disso, passarem a contribuir todos os meses, com seriedade e amor; pois, se assim fizermos, em pouco tempo estaremos atingindo o que hoje é apenas um lamento, não um sonho, mas que pode se tornar realidade pela ajuda de cada um.

Peço que você se disponha a contribuir na seguinte conta do “Caminho da Graça - Estação Belo Horizonte”:

Banco Itaú
Ag. 3365
Conta nº: 05376-2/500

Assim, conclamo você a ser generoso, comprometido, alegre, cheio de adoração, e a fazer parte desse ciclo de Graça, no qual, a dádiva de um supre a outros; os quais por ele (pelo que doou) tornam-se gratos a Deus, o qual (Deus), sobre este que abriu o coração e semeou no campo do mundo a semente da Vida — derramará muitas outras graças e dons; de modo que tal pessoa não só faça bem a outros, mas a si mesma.

É neste espírito do Evangelho que tomo a liberdade de estimular você a ser partícipe e generoso em todas as coisas!

Além disto, muitos dos que me lêem agora, estão vindo de “igrejas” trituradoras e manipuladoras, as quais, tomam até Vale Transporte e Tíquete Refeição dos que estão presentes. Não deixe que o roubo sofrido mate a sua alma para a alegria de contribuir.

Queremos ver a Palavra no ar, em todas as casas do Brasil. Ajude!

Queremos ver o site todo traduzido e divulgado em inglês, a fim de atingir toda a Terra. Ajude!

Queremos enviar gente boa de Deus e consciente do Evangelho para pregar em outras nações, conforme o mandamento sob o qual todos nós estamos até que o Senhor volte.

Creio que para você é fora de dúvida a nossa intenção. A qual nada tem a ver com coisa alguma que não seja responsabilidade com a saúde do movimento no qual temos nos encontrado como amigos e irmãos de jornada. E mais: estamos comprometidos a pregar mais do que nunca o Evangelho para esta geração.

Ademais... — dar e ser generoso são princípios de Vida; conforme Jesus ensinou!

Não há barganha na Graça de Deus. Entretanto, é Graça doar e participar da assistência daquilo que nos abençoa e divulga a Palavra da Vida.

Assim, se o Espírito Santo falar com você, obedeça-o em mais esta ação que Paulo chamou de “obediência ao Evangelho” no texto que lemos acima.

Nele, que nos ajuntou em amor e fé; e que não nos deu espírito de covardia, mas de poder, amor e moderação,

Caio

09/01/07
Lago Norte
Brasília

sábado, 6 de janeiro de 2007

CRESCENDO NO CAMINHO: FAZER O CAMINHO JUNTOS

Para uma caminhada cristã saudável é preciso crer que de fato ‘Está Consumado’, posto que só assim, o ser experimenta a paz e a certeza de total reconciliação com Deus. Tal fé gera a confiança de que até no nosso pior dia nada devemos temer acerca do que existe entre nós e Deus. Está feito...! E esse é o caminho da Paz, que nos conduz de paz em paz até a Paz Eterna. Como é bom andar nele! A existencialização de tal Graça, como obra de Deus em nós, produz a gênesis de uma “nova vida”, que das vísceras para fora, floresce como verdadeiro EU. O eu, cuja alma, agora, está pacificada... e não mais neurotizada pela culpa.

Encontramos nas Escrituras uma sábia exortação que nos convida a “entender o nosso próprio caminho” (cf. Pv 14.8) e a “estar atento para os nossos passos” (cf. Pv 14.15). De fato, a maturidade provém da capacidade de compreender a nossa história e integrar as peças esparsas do quebra-cabeça que é a nossa existência para enxergar o quadro completo. É crucial reconhecer que toda nossa existência cotidiana é o ponto focal da relação-experiência que temos com Jesus. Tal condição nos liberta da loucura religiosa de ver a realidade dicotomizada entre o “espiritual” e o “natural”. Visto que, neste estado, fica-se cego para a verdade de que o mundo está imbuído de Deus, que não existe nada fora ou além de Deus. O mundo está em Deus e Deus no mundo. Pois não existe nada na experiência humana que não esteja dentro da esfera de ação de Deus. Por isso, as experiências marcantes da nossa vida precisam ser consideradas com reverência para encontrar o seu sentido mais profundo e aprender com elas.

Amados, é por conta dessa consciência, que buscamos oferecer condições para estimular e orientar aqueles que estão enfrentando situações conflituosas e dificuldades na vida. Pois, entendemos que todos somos chamados para crescer no Caminho da Graça, “onde cada um é conclamado a ir-sendo conforme a liberdade de uma nova consciência iluminada pelo espírito do Evangelho”. Ou seja, todos, estamos aprendendo com Jesus a viver nossa verdadeira vida, pois seguimos o caminho de Jesus; com Jesus! Sempre certos de que “a graça é o convite de Deus a crescermos como gente ainda nesta vida!”.

Por isso, estou me disponibilizando para “ATENDIMENTO PASTORAL ONLINE” no intuito de ajudar a muitos a terem suas consciências reforçadas pelo entendimento dessa graça, e poderem gozar dos beneficios da Cruz nessa vida. Pois estamos bem certos que o “alvo do Evangelho é gerar seres humanos cada vez mais sadios de alma e espírito”.

ATENDIMENTO ONLINE

Como funciona?
Para marcar o atendimento ou receber informações, escreva para: caminhobh@hotmail.com. Ou, se você preferir, poderá agendar um horário nos telefones que se encontram na lateral direita do BLOG.
Para os atendimentos com voz utilizaremos o SKYPE, e o MSN para atendimento com texto(conforme colocado em destaque na lateral direita do BLOG).

Quais dias e horários?
Terça-feira: de 15h às 17h00 e das 20h às 22h
Quarta-feira: de 15h às 18h

“Quão bela, quão intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
Ouça todas as conversas desse mundo, tanto entre nações, quanto entre casais. São na maior parte, diálogos entre surdos”.
(Paul Tournier)

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CULPA E MEDO X GRAÇA E PAZ

A culpa habita a essência humana. A força que moveu a humanidade, mais que qualquer outra, foi a culpa.

A culpa vem da primeira transgressão. Uma coisa é conhecer uma Lei — “Da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal não comerás; pois se dela comeres, morrendo, morrerás”. Outra é conhecê-la como transgressão.

O Conhecimento Informativo não gerou culpa, nem vergonha, nem medo, nem fuga. Mas quando o “fruto” foi comido, tendo antes aberto o apetite de modo alienígena... era como o gosto de “pular a cerca”...despertando também os sentidos estéticos... pois o fruto era belo de se ver... e criando uma ambição de auto-divinização... “ser como Deus”... conhecedor do Bem e do Mal... Ah!... então, veio o conhecimento da Lei... e tal conhecimento é sempre experiencial.

Somente a transgressão à Lei dá conhecimento dela, pois a Lei só se faz conhecer como culpa ou medo. É dessa culpa essencial que procedem todas as neuroses humanas. E como o sexo é o clímax de toda experiência sensorial que os humanos podem ter... então, ele foi o ponto de convergência de quase todas as neuroses.

“Vendo que estavam nus, fizeram para si coberturas... cintas de folhas de figueira”— foi como a culpa primeiro se expressou: como negação do prazer.

O bem virou mal.
O mal virou bem.
Houve uma inversão.
O mais belo se tornou o mais feio; e o mais digno se transmudou em vergonha; e o grito de gratidão pelo prazer — “Esta afinal é minha carne!”— passou a ser algo acerca do que a alma precisava se “dês-culpar”... e se ter muita parcimônia.
Assim a vida humana é culpa...
Culpa de ter nascido...
Culpa de gostar do que se diz que não se deve gostar...
Culpa de amar a quem está proibido...
Culpa de ser amado e não corresponder...
Culpa por não se fazer amar...
Culpa por não ter conseguido chamar de amor àquilo que um dia se pensou que era...
Culpa de não ser compreendido...
Culpa de ter gerado filhos...e não conseguir controlar os seus destinos...
Culpa de possuir...
Culpa por não conseguir possuir...
Culpa de não ter sucesso...
Culpa de ter sucesso...
Culpa de se ser feliz...
Culpa de ser infeliz...
Culpa de não alcançar as expectativas projetadas...
Culpa da honra, da desonra, da cobiça, do poder, da fraqueza, do desejo, da inapetência, do orgulho, da cobiça, da falência, culpa...de ser.

É da culpa que vem todo o resto... vergonha, medo, fuga e, sobretudo, o medo-fobia da morte.

Culpa e Medo são a antítese de Graça e Paz!

A psicanálise pode ajudar muito no problema da culpa, identificando-a como neurose e ajudando o indivíduo a diminuir a carga de seu existir...
Mas somente quando se toma consciência de que Jesus se fez pecado, culpa e vergonha por nós...é que se está no caminho da libertação da culpa...a fim de que se vá aprendendo a viver sem ela...até que se entre na Paz.

A psicanálise faz o melhor caminho que a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal pode fazer com os recursos que a ela estão disponíveis no Éden... Digo, quase todos os recursos, pois há um, o único, que a psicanálise não pode ainda perceber... ou o percebe... mas o simboliza demais, esvaziando assim o seu poder real e eficaz.

No Éden Deus cobriu o homem e a mulher com vestes de pele de um animal... roupas de sangue... sangue de outrem.

Freud não era o segundo Adão!

Somente no Segundo Adão, e em Sua obra Consumada aos olhos do Criador — quando se fez pecado por nós —, é que a culpa pode cessar por completo.

Somente quem crê que Deus aceitou como Consumado tudo o que o homem devia a Ele; e crê que o Primeiro Crente é Deus, pois Ele creu no Sacrifício de Cristo; e crê que se Deus aceitou a Cristo, então quem o aceita, aceita aquilo e Aquele que por Deus foi aceito no lugar de todos os homens— Sim, somente este ser humano vai começar a entrar na Paz!

Aos olhos de Deus o pecado foi aniquilado na Cruz, conforme a Epístola aos Hebreus. Os pecados que faziam separação entre nós e Deus foram de todo removidos. Por isto, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.

Ora, essa salvação não é apenas um passaporte para a eternidade. Ela é sobretudo uma certidão de libertação da culpa, da vergonha e do medo...inclusive o medo da morte.

É sem culpa que nós temos que tratar dos nossos pecados. Pois com culpa apenas os aumentaremos e os fixaremos mais profundamente em nós...como “pecados próprios”. Eu preciso não ter pecado para começar a pecar cada vez menos!

Somente aquele para quem toda condenação já foi cancelada é que pode começar a andar de modo a não se condenar tanto...e assim, pecar menos, pois a condenação apenas nos faz pecar mais e mais...

Santidade é o estado de todo pecador que vive sem culpa, porque creu na Graça que é maior que a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Esses, os que assim creram, desistiram da tal Árvore exatamente no momento em que admitiram que a salvação é pela fé.
Inverte-se a ordem gnóstica.

Não é o Conhecimento que gera a Fé. É a Fé que gera um Conhecimento em Fé, que é um Conhecimento que se assume como Fé na Graça, e que se entende como sendo também Graça...e não auto-desenvolvimento.

Aqui está a esperança para se crescer para além de todas as neuroses...embora este seja um caminho estreito...e poucos acertam com ele.

Ele é estreito para o Conhecimento, mas é tão largo quanto a Fé; isto para quem crê!

Quem crê não será confundido...nunca mais!

Caio Fábio

A CEIA E OS TRAFICANTES DO ÓPIO DO POVO

[por Caio Fábio]
Tem gente que se não tomar a Ceia sente que o mês não será bom.

Tem gente que se tomar a Ceia num dia em que não “esteja bem”, segundo sua interpretação moral e de justiça própria, poderá morrer... E morre.

Porém, de outro lado, tem gente desejando incluir a Ceia do Senhor no “pacote” de coisas que passaram...
No Rio quem começou isso foi o “Apóstolo Miguel Ângelo”, e já faz tempo... Pra falar a verdade, anos.
Eu tomarei e distribuirei a Ceia do Senhor “até que Ele venha”, fazendo “sempre” em “memória” Dele.
E mais: farei sempre como Paulo disse que deveria ser (I e II Coríntios). Tanto no significado (I Coríntios 11), quanto no modo (II Coríntios 8-9).
A Ceia é um dos únicos ritos do Novo Testamento, e foi afirmada por Jesus (“ todas as vezes... fazei em memória de mim...”).
Paulo manda que assim seja até à volta do Senhor.
Que dúvida ainda pode existir quanto a tomar e ministrar a Ceia ou não nos dias de hoje?
Ora, quem nunca conheceu a Graça, quando dela houve falar, corre o risco, não tendo ciência na Palavra e no Espírito, de ir para o pólo oposto.

Já o Miguel, não o Arcanjo, mas o “apóstolo” — me disse no início da década de 90, em minha sala, que fazia esses exageros (dizer que não precisava mais haver nem batismo e nem a Ceia) “... pra chamar atenção. “Coisa de Marketing, entende?” — indagou ele de mim.

Eu disse a ele que não entendia, e que fazer marketing com o mandamento é abominação.

Além disso, a Ceia não apenas deve ser tomada e ministrada, mas também pode ser ministrada por qualquer um. E isso é puro e santo.
Essa história de que só “pastor ordenado pela igreja” é que pode ministrar a ceia, ainda é um remanescente sacerdotal oficial que a Reforma Protestante não aboliu, antes fortaleceu.

Reforma... e Ceia.

Discutiram tanto sobre a questão da trans-substanciação que não trataram de outra grande perversão — que é a sacerdotalização da ministração dos chamados “sacramentos”.
Afirmar e impor que somente os “ordenados” pela “igreja” é que podem ministrar o batismo e a Ceia, é pecado contra o mandamento da não acepção de pessoas. É o eco de antigos paganismos. É ainda a linhagem do bruxo oficial ou do sacerdote legal prevalecendo entre aqueles que deveriam saber que somos todos um reino de sacerdotes.

A Ceia deve ser tomada e ministrada por qualquer discípulo ou grupo de discípulos, e sempre que a vontade de adoração e gratidão o determinarem.

A Ceia não gasta. Não tem falta de estoque. Não precisa ser nem economizada e nem exagerada.
Deve ser Eucaristia; ou seja: ação de graças!

A Ceia também não é o rito que sucede o batismo. Ela é sim o rito de quem crê. Assim, a ordem não importa quando a fé já encheu o coração.

Quem determinou a seqüência... — primeiro o batismo e depois a Ceia... — foi a religião; e isso como mecanismo de controle do povo pela via da gestão autorizada dos sacramentos.
Tudo coisa da Máfia da Crença. Sim! Coisa dos Traficantes de Ópio do Povo!
O papel espiritual e psicológico da Ceia é o de elevar a gratidão por Deus em Cristo.

A Ceia não é a Arca da Aliança, na qual somente os “santificados pelo sacerdócio” poderiam tocar sem morrer — conforme acontece na forma de crença mesmo entre os Reformados.

A Ceia do Senhor é o signo presente da Ceia “daquele senhor” das parábolas de Jesus. Primeiro foram convidados os que se diziam amigos. Mas como eles não vieram “nos judeus” — então o convite se estendeu a nós, os mancos, coxos, cegos, maltrapilhos, mendigos, doentes, aflitos, perdidos na noite e nos becos do medo e da solidão.

Agora, como os “cristãos” viraram “judeus” na arrogância da religião, então “aquele senhor” está mandando chamar outro povo, e que a “ele” atenderá com alegria e gratidão — e que virá feliz para a sua Ceia.

A vestimenta para a Ceia do Senhor, que é a vida e não apenas o rito, é aquela que Ele mesmo concede e manda que ela nos seja disponibilizada para que a vistamos.
É a única veste que nos veste para a Ceia!

A justiça própria, a moral, o virtuosismo das aparências, a integridade, a seriedade, as formalidades, as reverencias externas, e todos os gestos sagrados — não nos habilitam para fazermos parte, vestidos ou nus, da Ceia do Senhor.

Tomar e comer a Ceia em pecado é tomar e comer com arrogância de justiça própria, com superioridade, com a certeza de ser adequado para àquela hora e papel. Ou seja: com vestes próprias.
Ninguém que tome e coma, tendo um coração quebrantado, grato, arrependido, consciente da Graça, e a ela ligado em fé no amor de Deus — jamais tomará a Ceia em pecado; pois, quando o coração está assim, o sangue de Jesus, o Filho de Deus, que é o Cordeiro Eterno, nos purifica Hoje de todo pecado; Sempre!

Ele Tira o pecado do mundo. É sempre ato continuo...

Tomar a Ceia em pecado é tomá-la sem consciência de gratidão, quando já se tem a informação e já se disse que nela se crê.

Bêbados da rua não pecam quando tomam do pão e do vinho, mas sacerdotes distraídos, indiferentes, hipócritas, mecânicos, ritualistas, e ingratos — esses pecam sempre que realizam a Ceia “para os outros”; fazendo-o como se fossem autômatos de Deus.

A Ceia também deve suscitar em nós espírito de acolhimento fraterno, deve nos fazer exercitar a generosidade, deve nos estimular a compartilhar com o próximo o nosso pão e o nosso vinho. Pois, na igreja do Caminho, todos traziam de casa e a mesa era comum. Quem tinha mais, mais trazia. Quem tinha menos, menos trazia. E quem não tinha nada, trazia a si mesmo; e os demais o serviam em amor. Assim era. Assim deveria ser. Assim pode ser no espírito e no entendimento.

Teria muito a falar. Mas este é um texto em um site, e não um livro.

Entretanto, pense e pratique; pois sei que o que está acima é Evangelho de Jesus.

Nele, que se deu como pão e vinho, em carne e sangue, e que pela Palavra nos serve de Seu Pão e de Seu Vinho,

Caio
*************
Amanhã, neste espírito, celebraremos o CORDEIRO ETERNO que se deu por nós! Ele tira, tirou e tirará o pecado no mundo!
Venha com ALEGRIA E FÉ!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

CRESCEM OS CRENTES, CRESCEM OS PROBLEMAS

[Robinson Cavalcanti]
Fonte: www.ultimato.com.br

Algo vem me intrigando sobre a realidade brasileira: o rápido crescimento do protestantismo não tem sido acompanhado de redução dos problemas sociais, políticos, econômicos, morais. Algo deve estar errado... O cristianismo evangélico não apenas conduz a um encontro pessoal com Jesus Cristo, único Senhor e Salvador, chamado de conversão ou novo nascimento mas também, integra o convertido a uma comunidade de fé, onde deve crescer à imagem de Cristo em santidade, temperamento, caráter, valores e propósitos, e é enviado ao mundo como missionário.

O cristão deve ser sal e luz, ser diferente, reconstruir a cultura. Ser sal e luz implica participação: família, empresa, comunidade, associações, Estado, promovendo o reino de Deus. Ser diferente é fazer diferença, contra os sinais sociais do pecado e do principado das trevas: porfia, injustiça, desonestidade, mentira, opressão. Em obediência ao seu mandato de reconstrutor da cultura, até o Dia Final, o cristão responde com misericórdia à dor humana e denuncia profeticamente as estruturas do mal. Um cristianismo genuíno conduz a uma equação direta: quanto maior for o crescimento do número de cristãos em um país, menores serão os seus índices de problemas. Caso contrário, há algo errado, parcial, ou distorcido no conhecimento bíblico, no discernimento pelo Espírito Santo, no aprendizado histórico, no sentido de vida, nos desdobramentos éticos, que incluem o exercício responsável da cidadania.

Uma salvação apenas para o outro mundo e o fim do mundo, para a alma isolada no templo — curtindo a vida privada, batalhando com os anjos, buscando prosperidade, insensível, irresponsável — mostra que não houve salvação, doutrinação ou santificação. A Igreja não cresceu; inchou, imersa em sua superficialidade e inutilidade.Combatem-se os vícios individuais, mas não se combatem os vícios sociais.

As igrejas neopentecostais sofrem da “síndrome de Adão”: sem umbigo, não têm passado ou referência histórica. Sem passado não há lição acumulada, nem há futuro, apenas o ativismo sincrético e pragmático do presente. As igrejas pentecostais estão lentamente saindo de duas atitudes (que não são intrínsecas ao seu movimento): o isolamento sectário e a irresponsabilidade política — o contrário era considerado “mundanismo”. Com limitado interesse pela teologia política, pela história política e pela ética social, adentram o cenário político sem maior preparo e sem propostas.

Reduziu-se o político ao eleitoral, com candidaturas oficiais corporativistas e clientelistas, com a arrogância teocrática de que fomos chamados para “ser cabeça e não cauda”. Os escândalos se sucedem e, no lugar do sangue dos mártires, temos os sanguessugas. As igrejas históricas, desde o regime militar, deram as costas ao seu passado de luta pela abolição, pela República, pela separação entre Igreja e Estado, pela justiça social; partilharam, na década de 70, da heresia de que “crente não se mete em política”; retraídas, acomodadas, deram lugar a gerações de alienados, que substituíram a praça pública pela praça da alimentação.

Se continuarmos assim, mesmo se chegarmos a 100% da população, a corrupção política, as desigualdades, a violência e a imoralidade não diminuirão. Não mudaremos se não quisermos mudar. Os tempos não são fáceis (o foram em alguma época?). Há um Império dominando o mundo, impondo uma idéia única, fechando a história, desqualificando as utopias. Há massificação, desinformação, pressão e tentação em direção ao hedonismo — compremos e curtamos, que amanhã morreremos —, ao materialismo prático do consumismo, que separa o templo do tempo, o individualismo e o discipulado. Há louvorzões de baixos conteúdos teológicos; sermões de rasos conteúdos bíblicos; showscultos em vez de liturgia; astros em vez de profetas.

Não é fácil: Legislativo com mais prontuários do que currículos; Executivo que trai seu programa; Judiciário politizado. Nós, os protestantes, multidões de “monges civis”, estamos sem saber o que fazer nas próximas eleições, ante uma horda de candidatos, em sua maioria, viciados, pitorescos, despreparados. O que fazer, se nos faltam conteúdo, discernimento e visão? Se somos manipulados pela imprensa, ou iludidos pelos candidatos? Se compramos “gatos por lebres”? Se nos impõem a falsa alternativa entre o candidato que é o lado direito dos banqueiros e o que é o lado esquerdo, o antigo que fala abobrinhas e o pseudo-novo que fala chuchu? Ambos têm o mesmo programa macro-econômico — de Collor, dos Tucanos e dos neopetistas — de agrado do Império e das elites, que dá esmolas em vez de promover a justiça, a dignidade e o desenvolvimento (e há irmãos nossos defendendo os seus cargos, e outros a fim de entrar...). Há, porém, outras candidaturas, que conscientizam e propõem alternativas. Em uma destas é que vai o meu voto!

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Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política — teoria bíblica e prática histórica e A Igreja, o País e o Mundo — desafios a uma fé engajada. www.dar.org.br.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

DE ONDE VEM O MAL SEGUNDO AS ESCRITURAS?

[por Caio Fábio]

As Escrituras não tratam da questão metafísica do mal, mas apenas afirmam a sua existência — tanto autônoma quanto dependente de Deus. Tanto existe contra a Vontade de Deus, como também a cumpre contra seu próprio intento.

Portanto, nas Escrituras, o mal não é explicado metafisicamente. Elas partem da realidade dele no mundo. Na experiência da existência. E só então tratam da existência de forças espirituais que se vinculam a experiência do mal concreto no mundo.

Entretanto, a primeira manifestação do mal nas Escrituras, acontece na forma de uma serpente que fala pelo mal personalizado e auto-consciente. Fala pelo Mau como pessoa não-humana.

Assim, sem saber por que... — sabemos o quê.

Não sabemos por que o mal existe. E nem sabemos a procedência do emulador do primeiro intento maligno na essência de um ser — de Satanás, por exemplo.

Sabemos que as Escrituras colocam todas as criaturas como criaturas de Um Único Deus. Satanás (seja ele quem tenha sido antes de se endiabrar) foi gerado em Deus, de Deus, por Deus e para Deus.

E que “mau” poderia existir fora de Deus? Especialmente um ser - mau ou um “mau-ser”?

Sim! Se existisse qualquer coisa “fora de Deus” — essa coisa, por sua própria existência “fora de Deus”, seria divina e igual a Deus.

Se Deus É. Então, fora de Deus, nada É. E se há algo fora de Deus, algo fora de Deus também É. E se É, é igual a Deus. Aliás, acaba com Deus. Pois, daí pra frente Deus não É. Deus Seria dois. E dois não é. Dois são. Um É.

Por isto, se existisse qualquer coisa “fora de Deus” — essa coisa, por sua própria existência “fora de Deus”, seria divina e igual a Deus.

E se fosse assim...

Daí para frente a coisa toda viraria um jogo de Titãs à moda grega. Tudo uma questão de “plano”, de “esperteza”, e de “poderes”. Bem parecido com o modo como a maioria dos cristãos vêm a Batalha Espiritual. Sim! Bem pagãmente!

Emocionalmente para os “cristãos” há dois Deuses: um Deus e outro deus.

Nas Escrituras o “mau” tem poder sobre o mundo. Sobre os líderes. Sobre o fluxo de dinheiro. Sobre os mecanismos de comunicação e sobre a manipulação de seus conteúdos e temas. Ele é chamado de “Príncipe deste mundo” ou “deus deste século”.

Vemos nas Escrituras o “mau” em liberdade e, ao mesmo tempo, contido. Está solto e preso. Pode e não pode. Faz ou é proibido de fazer. Fere, mas tem de ter permissão. Não mata sem consentimento.

Nas Escrituras os mundos concreto e invisível se misturam. O mal, por conseguinte, assim também se manifesta: con-fuso!

Por isto o “Rei de Tiro” é exemplo e simbolização de como Lúcifer seria ou é.

Por isto também o diabo aparece a Jesus como o líder dos reinos deste mundo, dizendo: “Tudo ti darei...” Como um rei!

Por isto também a Besta poderosa do Apocalipse se confunde com o sistema Político e Econômico — as confederações e confrarias políticas e os Cartéis de Negócios são extensão dela. Os poderes procedem dela, ao mesmo tempo em que a alimentam.

Nas Escrituras anjos e demônios se equivalem. A natureza de seus seres não nos é explicada. São espíritos. Espíritos que nos precedem...

Anjos são também espíritos de serviço aos humanos e adoração a Deus. São como nossas faces diante do nosso Pai que está nos céus — disse Jesus. Eles socorrem. Aparecem. Ajudam de modo invisível. Visitam-nos em sonhos. Podem comer e beber com os homens sem serem “diferentes”. Também podem tomar formas diversas; ou estar contidos a diversas formas de se manifestarem.

Homens, relâmpagos, ventos, fogo, objetos estranhos, etc. — são imagens a eles associadas.

Eles cumprem papeis pessoais, globais e muito além disso.

Deus precisa de anjos? Certamente não!

Deus precisa de anjos tanto quanto precisa de homens. Assim, pode-se de dizer que Deus criou os anjos assim como criou os homens: por amor.

E, quem sabe, também se pudesse dizer que os anjos mantiveram-se bons ou maus, tendo tido sua própria tentação de “liberdade” ou “autonomia” para serem ou não para Deus.

Os anjos não parecem conhecer “ambigüidades” como a conhecem os humanos.

Daí a Parábola do Joio e do Trigo. Daí haver bondade potencial em cada homem mal e haver maldade potencial em cada homem bom.

Os anjos, entretanto, são ou não são. Ou são mensageiros de Deus ou são do mal.

Demônios são primordialmente espíritos de anjos rebelados. Entretanto, existem também os fantasmas, e que não são espíritos humanos desencarnados (conforme a tese espírita), mas sim projeções de energia psíquica liberadas em ambientes específicos, nos quais a maldade, a violência, a perversidade e a indiferença habitaram por gerações e gerações de humanos.

Ora, mais do que de qualquer coisa, os demônios se alimentam desses elementos, e os usam para estabelecer conexões visíveis com os humanos — os que são a tais coisas vulneráveis.

Demônios também sentem fixação em possuir mentes, almas e corpos.

Existe um elemento na natureza do ser humano que lhes é absolutamente desejável: a alma.

E, ligado a ela, o corpo!

Daí as Escrituras também dizerem que o Dilúvio aconteceu porque anjos possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos gigantes; e que se tornaram os poderosos e os controladores do mundo antigo.

O exemplo mais primitivo de possessão demoníaca de humanos é o das filhas dos homens sendo “possuídas” — física e mentalmente — pelos filhos de Deus.

Nos dias de Jesus, com grande abundancia, eles se manifestavam mediante a possessão “clássica”.

E assim é na maior parte das vezes.

O homem é bom e é mau. Portanto, ele é ambíguo. Ele quer o bem... — mas muitas vezes faz o que é mal; embora se culpe por isto.

Entretanto, é do coração dos humanos que procedem as fontes boas e más desta existência.

O homem é anjo e é demônio!

Anjos e demônios, portanto, sentem profunda atração pela existência dos humanos.

Por isto se diz que os principados e potestades aprendem com os homens.

Eles aprendem e devolvem o foi “aprendido”, em outra forma — mais profunda e mais sofisticada.

Homens ficam possessos de anjos demoníacos, mas não de anjos submissos a Deus.

É a “possessão” o que os diferencia.

A bondade dos anjos em relação aos homens está em servi-los sem possuí-los. Já a maldade dos demônios vem da intenção de comer, de devorar, de possuir, de dissolver os humanos neles mesmos.

Ora, os humanos também produzem elementos de maldade invisível, além da obvia, concreta e conhecida maldade que somos capazes de gerar.

Os homens geram Dilúvios a partir do Inconsciente Individual e que se torna Inconsciente Coletivo.

Isto acontece pela suma e multiplicação que acontece entre os humanos. Sim! Pela via da inter-conectividade entre cada inconsciente humano — especialmente quando se tornam densos pelo convívio não-sadio.

Os homens são tentados pelo mal que os habita, e que é usado pelo “Mau” que deles se alimenta, e que, por isto, devolve aos homens a sua própria produção em estado de maior sofisticação, o que gera um up-grade na manifestação da perversão humana que acabará por retro-alimentar todo o processo...

Eu teria muitas e muitas outras coisas a dizer sobre outras dimensões que se conectam a essa rede, mas, estou cansado hoje, e vou ficar por aqui.

Um beijão!


Caio

4/1/07
Lago Norte
Brasília


****************
Todos os dias às 22h, Caio Fábio na Rádio Caminho da Graça. Acesse através do link no canto superior direito desta página.
Caio Fábio coordena o Caminho da Graça em Brasília.Há Estações do Caminho da Graça em BH, RJ, SP entre outras.Conheça o site http://www.caiofabio.com/

[Ed René Kivitz]


Geralmente se diz que fé é acreditar em Deus.
Ou ainda que fé é acreditar que Deus tudo pode.
As duas definições, entretanto, nada nos acrescentam,
pois esse tipo de fé até mesmo o diabo tem.

Gosto da definição de Rob Bell:
fé é acreditar que Deus acredita em você.

Essa foi a experiência de Pedro
quando pediu que Jesus o chamasse para
andar sobre as águas. E Jesus o chamou, isto é,
pronunciou uma palavra de ordem a seu respeito.

Pedro saiu do barco e caminhou sobre as águas.
Mas em dado momento prestou atenção no vento,
e duvidou.
Começou a afundar e clamou por socorro:
“Senhor, salva-me!”

Pedro não duvidou de Jesus
e nem de seu poder de salvar.
Então, duvidou de quê?
Duvidou de si mesmo.
Duvidou de que seria capaz de cumprir
a palavra de Jesus pronunciada a seu respeito.

Fé não é acreditar que Deus tudo pode.
Fé é acreditar que
“tudo posso naquele que me fortalece”.
Quem acredita que Deus tudo pode e nada faz,
tem fé sem obras, e fé sem obras é fé morta.

Hebreus 11 é chamado de “galeria dos heróis da fé”.
Ali estão registrados os exemplos de fé.
Não são pessoas que apenas acreditaram
em Deus ou no fato de que Deus tudo pode.
São pessoas que, porque acreditaram em Deus,
e no fato de que Deus tudo pode,
deixaram sua zona de conforto
e se arremessaram a andar com Deus,
obedecendo as ordens de Deus
e perseguindo as promessas de Deus.

Fé é acreditar que Deus acredita em você.


TEXTO EXTRÁIDO DO BLOG “OUTRA ESPIRITUALIDADE” DE ED RENÉ KIVITZ
(link disponível na barra de sites)

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

SENDO IGREJA NO MUNDO DE HOJE

[Francisco Pacheco]

O “CONFLITO” DE DEUS É NOSSA PAZ!

[Caio Fábio]

Em Deus tudo o que é imutável é revogável por Ele mesmo!

“Se o negarmos, Ele por Sua vez nos negará. Se somos infiéis, Ele todavia permanece fiel, pois de modo algum pode negar a Si mesmo”.

A implicação disso é o que acima afirmei; ou seja: Em Deus tudo o que imutável é revogável por Ele mesmo!

E por quê?

Porque quando o negamos tudo o que Ele nos diz é imutável até que nos arrependamos, até a nossa mudança de mente, mude o que em Deus antes era Imutável. Posto que o arrependimento faz com que Ele revogue tudo quanto antes seria imutável.

Assim, em Deus tudo o que imutável é revogável por Ele mesmo!

Para mim esta é a única maneira possível de ler as Escrituras, e ver tantas profecias peremptórias em seus vaticínios finais e trágicos, subitamente darem lugar a algo como “E eis que naqueles dias me buscarão, e eu, o Senhor, me compadecerei deles”.

Muitas vezes o que precede a essa revolução “existencial” em Deus, o que vem antes dessa Leviandade de Deus ante palavras antes tão definitivas de juízo — é algo do tipo: “Eu, o Senhor, digo: Em ti jamais se ouvirá a voz do noivo e da noiva; nem haverá festas, nem as danças, e nem a tuas celebrações solenes”.

Entretanto, Deus não resiste o encontro com o arrependimento. Ele é completamente vulnerável ao quebrantamento humano. Ele é como Oséias que acolhe Gomer. Ele é como o Pai do Pródigo.

E por quê?

Porque Ele é como o Filho ante o amor do Pai pelo mundo: se dá ao Pai.

Ele é como o Pai em seu amor pelo Filho: o entrega ao mundo.

Ele é como o Filho em Seu amor pelo Pai: satisfaz ao Pai pelo mundo.

Nele nós todos somos filhos no Filho. De tal modo que no Filho temos nossa própria presença diante de Deus.

Isto é estar em Cristo. Isto é ser habitado e habitar Deus. Isto é habitar o ambiente intimo no qual qualquer coisa de Deus só é imutável até que o arrependimento provoque sua revogabilidade como decisão do Deus que não pode negar-se a si mesmo quando não mais O negamos em nosso coração e nem em nossa boca.

Deus não é leviano. Mas se Nele a Misericórdia triunfa sobre o Juízo, então, é porque Nele tudo o que é imutável é revogável mediante o arrependimento dos homens; provocando aquilo que no Velho Testamento, em linguagem psico - antropológica, se chama de “arrependimento de Deus”— “... e o Senhor se arrependeu...”

O Deus Fiel se arrepende ante o arrependimento humano!

E como Ele não sabe negar quem o confessa com a boca e o coração, então, tudo quanto Ele disse que seria imutável, muda, de súbito, num abrir e fechar de olhos, ao soar a trombeta da Graça; e, assim, o que era imutável se torna revogado pela Lei do Amor; e que vence toda Lei Irrevogável apenas para a morte e o castigo.

O Deus que manda que se arrependa e que a Ele se peça perdão pelas nossas dívidas, dívidas que não sendo perdoados em nós tornam-se os cânceres de nosso ser — ao declarar que devemos a Ele assim orar, manifesta o mesmo principio de Sua natureza; a saber: Em Deus tudo o que é imutável é revogável por Ele mesmo!

E como os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis, sabe-se que até o que é imutável, será salvo de sua imutabilidade. Pois, nesse caso, o juízo não muda em si, mas mudando-se o coração dos réus, muda-se a sentença.

E como arrependimento é dom de Deus, é Graça, então, todo aquele que é de Deus, de Deus será para sempre; pois o Deus que torna a Lei da Revogabilidade a Única Lei Imutável, pois é Lei da Graça — Ele mesmo nos concede o arrependimento que revogará tudo aquilo que foi pronunciado como Imutável contra nós.

O Imutável é como o amor de Vinícius de Moraes: é imutável enquanto dura. Enquanto não chega o arrependimento!

Mas as misericórdias do Senhor vão de eternidade a eternidade!

Creia e Viva!

Nele, que é Imutável em Sua capacidade de Mudar para Permanecer Imutável no amor,

Caio



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Todos os dias às 22h, Caio Fábio na Rádio Caminho da Graça. Acesse através do link no canto superior direito desta página.


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