terça-feira, 29 de maio de 2007

Para ouvir o que "está dito"...



Monte Castelo
Legião Urbana
Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).


Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. mas então veremos face a face.

É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

Capítulo 11

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam,
a convicção de fatos que se não vêem...” (Hebreus 11.1)

O capítulo 11 do livro de Hebreus é um convite ao entendimento do que é fé e um campo fértil de alguns exemplos de fé na Bíblia. No entanto se o capítulo 11 fosse escrito pelos dias atuais, poderia ser assim:

HEBREUS 11

1. Ora, a fé é a certeza de coisas que desejamos e ansiamos, a convicção que sonhos podem se realizar pelo positivismo das nossas palavras e através da visibilidade da fé através de vários tipos de objetos utilizados nos templos.

2. Pela fé e para aumentá-la e, em alguns casos, criá-la, precisamos além dos objetos, campanhas ou correntes nos templos que, de maneira alguma, podem ser quebradas, para que Deus, mediante nosso esforço e dedicação, nos conceda a benção pedida.

3. Pela fé cremos que um dos presentes recebidos por Cristo – a mirra – pode abençoar nossas casas ao ponto de nada de mau nos sobrevir, bem como qualquer outro tipo de óleo desde que devidamente consagrado pelo nosso líder.

4. Pela fé cremos que o cumprimento das obrigações de doações dos nossos dízimos e ofertas à Casa do Tesouro, convence Deus a liberar um certo número de anjos, suficientes, para nos proteger afim de que o devorador, o destruidor, o cortador e o migrador não consigam entrar nas nossas vidas financeiras.

5. Pela fé cremos que, dado o sonho de crescermos mais do que qualquer outro grupo na terra, precisamos ter seminários teológicos para formarem nossos próximos líderes e que os ensinem como devem falar, gesticular, vestir e propagar o Evangelho para que nos tornemos conhecidos pelo nosso domínio e poder.

6. Pela fé cremos nos nossos líderes espirituais, como sendo eles bocas-de-Deus a todos nós, para que possamos ser guiados pelo Espírito Santo e não sendo necessária a interpretação individual da Bíblia, pois para isto criamos escolas cristãs para formar o caráter da igreja em cada um.

7. Pela fé trabalhamos para a obtenção do título de maior país religioso pertencente ao nosso grupo, afim de que Deus se faça presente em todos os homens através de nós.

8. Pela fé, cremos que a pregação realizada por determinados líderes traz a presença de Deus até nós e nos transforma mediante o poder renovador das palavras utilizadas.

9. Pela fé, cremos no poder da água ungida ou consagrada por homens como fonte libertadora de Cristo.

10. Pela fé, cremos que só a nossa religião é o caminho que nos conduzirá a vida eterna.

11. Pela fé, toda ovelha do nosso rebanho precisa ser admoestada com veemência quando ousar ter uma opinião diferente dos líderes que foram eleitos pelo próprio Deus.

12. Pela fé, organizamos os afazeres do nosso Deus em nosso cultos religioso afim de que Ele saiba o dia e a hora que precisará libertar, dar alguma vitória, curar e ajudar financeiramente a alguns de nós.

13. Pela fé, repreendemos o demônio que se levanta contra o povo escolhido de Deus, na forma de Tribunal de Justiça, Ministério Público, Polícias e qualquer outras formas que venham a existir atrapalhando a propagação do nosso reino.

14. Pela fé, cremos que Cristo morreu para que pudéssemos viver arraigados a nossa religião, defendendo-a a qualquer custo e se preciso for com a vida, pois como igreja de Cristo lutamos.

Poderia escrever mais... como sobre a numerologia adotada por cristãos, a crença que a oração destinada a Israel gera uma benção especial da parte de Deus a nós, a adoção de alguns costumes da cultura judaica como sendo novos meios para agradar a Deus ou para ser mais abençoado por Ele, a imposição do medo através de profecias pseudo-apocalípticas, as táticas que devem ser usadas para frear o crescimento de qualquer outra religião... etc.

Gente! Cristo não morreu numa cruz para assistir essa pornochanchada que aí está. É isso sim, pois o interesse maior está em conseguir poder e status e que o Evangelho e Cristo sejam o meio através do marketing.

Como eles mesmos dizem: “A igreja forma o caráter de cada um” e adoecem a todos com este esquema, formando um grupo enorme de religiosos cheios de regras comportamentais e vazios da profundidade do Evangelho de Jesus.

Basta!

Ou se crê no Evangelho como é: sem barganhas, sem amuletos, sem mandingas, sem rituais, sem busca por status humanos na terra ou se vive uma vida vazia, distante daquilo que Jesus deseja a cada um de nós.

Cristo morreu e ressuscitou para que cada um de nós tivesse VIDA EM ABUNDÂNCIA, para que fôssemos LIVRES Nele e para que carregássemos o fardo e o jugo Dele.

Não! O capítulo 11 não precisa ser reescrito, somos nós que precisamos voltar para o Evangelho afim de que ele nos liberte, nos cure e nos conduza a Cristo.


Um carinhoso abraço

Riva Moutinho


domingo, 27 de maio de 2007

Um instante mágico

Eu nunca antes em toda a minha vida com Deus tive tanta liberdade e alegria em anunciar o Evangelho.

A minha falta de critério religioso sempre causou perturbação a quem me ouvia desde o dia em que eu decidi me unir à uma igreja por terem me dito que somente ali eu podia aceitar a Jesus como Salvador e eu acreditei.

Naquela noite uma irmã chegou para mim, estendeu a sua mão e me disse:

- A Paz do Senhor.

E eu:

- A paz da senhora.

Ali começou a tentativa debalde, inútil, de me catequizar. Era complicar demais algo que na minha alma era absolutamente simples. E foi assim por 25 anos. Reuniões e mais reuniões em comissões de disciplina para me colocar no eixo e não conseguiam, pois eu também não conseguia, nunca, enxergar esse eixo para me enquadrar.


terça-feira, 22 de maio de 2007

A eterna Cruz de sempre!

A Cruz da História é somente a da Crucificação.

A Cruz é o que vem antes de tudo, inclusive da Crucificação.

O Cordeiro de Deus foi imolado antes da criação de qualquer criação.

Por essa mesma razão Aquele que tem o poder de “abrir o Livro e lhe desatar os selos” é o Leão de Judá, a Raiz de Davi, mas quando essas faces são procuradas por João—que antes chorava muito em desesperança, Apc 5.4-5 —quem ele vê é um Cordeiro “como havia sido morto”.

Nós cristão pensamos que nossa salvação veio do sofrimento de Jesus por nós!

Sofrimento não salva, apenas amargura e mata!

Nossa salvação não vem da Crucificação, mas da Cruz!

A Crucificação é um cenário!

A Cruz é o sacrifício eterno e que teve na Crucificação apenas o seu cenário histórico!

Quando Paulo diz que só se gloriava na Cruz, ele não nos aponta um espetáculo histórico, o qual ele nunca nem perdeu tempo e “descrever” como evento martirioso e agonizante.

A Cruz para ele era “o mistério outrora oculto e agora revelado”—com todas as implicações da Graça em nosso favor.

A Crucificação estava exposta às interpretação dos sentidos humanos: “Este era verdadeiramente Filho de Deus”—confessava o centurião perplexo com o modo como Jesus morrera. Também reagia assustado diante do fato que a terra tremia enquanto a escuridade envolvia subitamente a tarde daquele dia.

A Cruz, todavia, é infinitamente maior que a Crucificação. O Sangue que purifica de todo pecado não um líquido, é uma oferta de amor perdoador e que existiu como tal antes que qualquer forma de sangue tivesse ainda sido criado.

A Cruz é uma eterna decisão de Deus com Deus. O Sangue Eterno é a Decisão da Graça!

Na história o sangue foi derramado para manifestar aquilo que em Deus já estava feito!

Jesus Consumou o que Nele já estava Consumado desde a eternidade!

Na Páscoa, portanto, celebra-se o cordeiro simbólico que aparece desde o Gênesis. Ganha rito instituído no Êxodo, é praticado por séculos, tem sua Realização Histórica na Crucificação. A Cruz, no entanto, é o Fator Criador por trás de toda criação: o Cordeiro de Deus foi imolado antes da fundação do mundo!

Nessa consciência o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.

Por isto é que eu posso caminhar sem medo.

Não procurarei aquilo que faz sofrer e que é pecado. Mas também não vivo mais as fobias e neuroses do pecado.

É a certeza da Graça eterna aquilo que nos da paz para viver na terra. Sem o êxodo da Crucificação como cenário apenas, para a Cruz como bem eterno que garante paz com Deus e vida na terra, ninguém tem paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

A Crucificação é o Cenário exterior!

A Cruz tem que ser a Realidade interior!

A Crucificação revela a maldade humana!

A Cruz revela a salvação de Deus!

Quem crer é Justificado e tem paz com Deus. Além disso, já passou da morte para a vida!


Caio Fábio

A vaidade de ser

Falar de vaidade é falar da existência, pois, tudo é vaidade.

Não apenas a juventude e a primavera da vida, mas tudo o mais que concerne à existência, em qualquer fase, tempo ou idade, de acordo com o diagnóstico filosófico do Eclesiastes, é vaidade.

“Todo homem, por mais firme que seja, é vaidade” — decreta o salmo.

Corremos por vaidade. Produzimos por vaidade. Conquistamos por vaidade. Desejamos pessoas e coisas por vaidade. Sonhamos vaidades. Cantamos vaidades. Narramos vaidades. Sofremos vaidades.


A mentira como chão, pão e água

O homem foi feito para a verdade e para o que é.

O que é foi o que procuraram e é o que procuram todos os que buscam encontrar a formula essencial da qual falou Jesus, acerca de uma só coisa.

Todos os filósofos e cientistas, especialmente os matemáticos e os físicos, sonharam e sonham com a chegada ao ponto mais Alfa-Omega possível na definição de princípio-fim ou de sentido único das coisas existentes.

Ora, embora somente o Infinito Pessoal possa de fato saber o que é — o homem se alimenta da verdade, ainda que na relatividade finita de seu olhar humano, mediante o qual ele deve existir buscando o que é; embora muitas vezes vivendo o que é como o que seja...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

O Caminho da Graça se faz na vida... Você crê?

A TODOS QUE no caminho seguem a Jesus: paz & bem!

Se confessamos que Jesus Cristo é Deus que se fez “carne e habitou entre (em) nós”, estabelecendo sua tenda no chão da história... por que não agimos como Ele?

Será que a encarnação nos é apenas uma informação? Um belo tratado teológico?

Será que é uma idéia que apenas deve existir na cabeça... sem nenhuma pretensão de acontecer?

Não! Absolutamente, não creio que assim seja...

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Os machucados filhos da Graça-Gelol

A tendência natural da alma é viajar entre pólos, especialmente quando sua conexão com um deles começou como obrigação, convenção, comportamento moral ou mesmo como uma obrigatória rebeldia amoral.

Medo, obrigação, culpa e ódio são em geral as forças que mais pressionam a alma contra um de seus pólos, nesse caso, da pior forma possível.

Assim, presa como uma lagartixa por alguma força que a pressiona contra a parede do sentir, a alma ali fica, até se despregar por alguma razão (geralmente um tragédia ou trauma), e, então, deixar-se pendular para o pólo oposto, e lá ficar por um tempo (com sorte), ou para sempre, como muitas vezes é o caso.

Outros vão sendo sacudidos de um pólo para o outro, e como são frágeis e reativos, vão indo e voltando sempre, cada vez mais cínicos, cada vez mais impermeáveis a qualquer coisa.

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segunda-feira, 14 de maio de 2007

Filhos do cinismo dos santos

Somos todos do tipo de filho descrito no evangelho, que diz “sim, sim”; e que diz “amém, amém”, mas que não faz de seu “sim” um sim real na vida; e não faz de seu “amém” aquilo que amém quer que seja na vida.

Dia a dia ficamos mais cínicos, mais de fachada como os de Sardes, e mais possessos de orgulhosos saberes desapaixonados, como os de Laudicéia.

Dia a dia nos tornamos mais libertinos para a morte como os de Tiatira, e mais poderosos entre os que se assentam nos tronos de comando, como os de Pérgamo.

Mirradas são as Esmirnas entre nós. E Filadélfia se perdeu com a queda das colunas do santuário: a fé, a misericórdia, a justiça e o amor.

Somos blá, blá, blá...

Pingam palavras purulentas de nossos lábios...

Escorrem mentiras de nossas bocas...

Gonococos verbais espalham-se por nossas línguas e descem por nossas gargantas...

Mas...

Todos falam. Todos têm razão. Todos são corajosos virtuais. Todos são devotos do culto de si para si. Todos amam muito e cada vez mais aos seus “selfs”.

Não há paixão por Deus. Morreu a loucura nos braços da sanidade...

A “compreensão” do Evangelho mata em muitos a disposição de vivê-lo. São gnósticos mortos de toda experiência de Deus.

Esta é a geração das coisas que querem ser sem se tornar. Que não são, mas que se tornam apenas como se fossem. Que são apenas porque mesmo sem serem de fato, ficaram sendo sabidas e conversadas...

São coisas virtuais. Tudo virtual e sem a virtude do poder.

Virtude já significou poder.

Virtual deveria ser a virtude da aproximação do poder. Mas o virtual acabou se tornando aquilo que substitui o que seria a virtude como poder de realizar.

É assim a alma desta geração. Cada vez mais ativamente sem virtude, pois a virtualidade que não se torna poder em ação real, apenas paralisa a alma na câmara da ilusão que diz que o “visto e ouvido” em virtualidade, já é como se tivesse se tornado.

Por isso, somos quase todos nós assim — como o filho que diz sim e amém a tudo, mas que não anda no chão da virtude, pois, é viciado na virtualidade para a qual o sim dito supostamente realiza o falado, e como se o amém falado carregasse em si uma magia de fazer palavras se tornarem fatos de amor-realidade.

Por isto ecoará cada vez mais pertinente a advertência de Jesus:

“Quando o Filho do Homem voltar porventura encontrará fé na terra?”

Mais do que nunca se saiba: a fé sem obras é morta!

Ele encontrará muita gente como nós, mas fé mesmo [Ah!] Ele dificilmente achará.


Caio

10/05/07
Lago Norte
Brasília


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Extraído do site

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Eu roguei por ti para que não desfaleças em tua fé

[...]
Jesus: “Simão, Simão, Satanás vos pediu para peneirar como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que não desfaleças em tua fé. E quando tu te converteres, fortaleças os teus irmãos!”
[...]
Jesus: “Simão, filho de João (você mesmo e só você!), TU ME AMAS (Ágape)?
Pedro: Senhor, Tu sabes todas as coisas. E (agora sei que..) Tu sabes que eu te amo (Fileo) com todo amor que eu posso, em humildade, franqueza e fraqueza!
Jesus: Então, (agora) Cuida dos meus cordeirinhos!”

Aos “do Caminho”,

Convicções de FÉ para não esquecer durante as PENEIRAS DA VIDA (leia Lc 22.31 em diante)

1. O diabo busca arruinar a fé daqueles que foram chamados a crer!

2. Todavia, só faz isso sob permissão e limitação divina, quando o Pai tem intentos maiores de Amor.

3. A intercessão de Jesus nos salvou, nos salva e nos salvará da incredulidade que mata a alma!
Pois o caso de Pedro não é um caso isolado. Hebreus diz que ELE, JESUS, VIVE PARA INTERCEDER POR NÓS, ETERNAMENTE - Hebreus 7.25.
Isso é Missão e Oração do Filho: "Não peço que os tire do mundo, mas livrai-os do Mal!"
Assim, saibam todos: Nós não fazemos manutenção da Salvação. Ela começou com GRAÇA, e seguirá em GRAÇA até o fim.

4. De modo que, EU CREIO, porque JESUS ROGOU POR MIM! E não rogou para que eu não fosse peneirado, rogou para que eu guarde a fé enquanto combato o bom combate!

5. As peneiras tratam meu orgulho, minha disposição mental má, minha justiça própria, minha tagarelice, minhas precipitações, minhas obscuridades, minhas infantilidades, minhas inconstâncias. A peneira não me faz mal, ela expõe o mal que em mim habita! Todavia, nada disso me tira do caminho da Salvação, já que Ele intercedeu pelos transgressores (Isaias 53). Fui salvo por conta da minha IDENTIDADE e não do meu COMPORTAMENTO!

6. Sim, Jesus perdoa minhas negações manifestas de muitas formas diferentes, e aceita o nosso amor desajeitado! - enquanto Seu próprio Amor nos aperfeiçoa em amor durante o Caminho do Discipulado.

7. Quem foi peneirado e sobreviveu em FÉ, ganha poder na fraqueza para FORTALECER OS IRMÃOS e APASCENTAR AS OVELHAS. Sim. Quem fortalece os irmãos, na verdade, apascenta as ovelhas de Deus. Pois ninguém que apascenta, enfraquece o próximo. Ao contrário, dele cuida!

8. Acabou a insegurança espiritual. As peneiras não significam mais REJEIÇÃO DIVINA e nem BRECHA MALIGNA. São circunstâncias da Vida das quais o Pai tem absoluto interesse e total controle. Creia quem puder!

9. Quando o caldo entornar, o barco virar, o fio de prata romper, a espada quebrar, o jogo acabar e as luzes se apagarem, lembre-se acerca de você mesmo: "Eu moro na FENDA DA ROCHA!" - A vitória que vence o mundo é a minha fé em que Ele venceu o mundo. Daí vem o bom ânimo nas aflições no mundo! Até que o próprio mundo passe e aquele que faz a vontade do Pai permaneça para sempre. É a vontade do Pai é esta: Que vos ameis uns aos outros!

10. ENTÃO, NUNCA SE ESQUEÇA: "Eu sou aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, e à sombra do Onipotente descansa!"

Nem todos crêem assim!

Na mesma Graça,

Marcelo Quintela
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Extraído do BLOG do Caminho Santos

sábado, 5 de maio de 2007

Recados do Caio

1. Você compraria um canal de televisão via Internet, 24 horas por dia, com mensagens, papos, documentários, clipes musicais, transmissões ao vivo de conversas, programas com minha mulher Adriana e outras mulheres, programas para jovens, cursos ao vivo, e milhares de gravações de programas Pare & Pense (até 98); bem como de Conferências em Israel, antigos Congressos da Vinde (etc.), além de transmissões feitas de lugares diferentes do Brasil e do mundo — se o custo mensal ficar em torno de trinta reais? Não responda. Apenas pense. Você teria de ter banda larga também. Está disposto?

2. Nossa viagem a Israel está virando coisa grande e séria. Já estamos com quase tudo fechado para novembro. Levaremos dois grupos se Deus permitir. Em poucos dias estaremos com todas as informações consolidadas e as passaremos a todos. Mas prepare-se. Com a Graça Dele já está tudo certo.

3. Nosso Encontro Nacional de Mentores do Caminho é também para todo aquele que deseja se integrar e se inteirar acerca do Caminho almejando fazer parte dessa comunhão no Evangelho. Se esse é o seu caso, vá na 1ª página do site e inscreva-se conforme as instruções.

4. Nosso projeto Televisão Aberta continua. Hoje já tenho mais subsídios. Agora o que faremos é cadastrar a todos os que desejam se tornar contribuintes regulares e também receber informações intimas e pessoais sobre todo o processo.

5. Este ano teremos dois encontros para casais. Nada convencional. É para casais, mas o tema é mais profundo do que “casamento”. O tema é “Vida e Saúde Humana na Relação”. Logo depois do evento dos Mentores do Caminho e Interessados, divulgaremos as datas. O 1º será em agosto.

6. Do mesmo modo realizaremos uma viagem ao Amazonas para a qual todos estão convidados. Enquanto a floresta não vira savana, não deixe de conhecê-la. Pode ser que essa visão ajude a salvar a floresta. Só Deus sabe. Ficaremos na floresta, mas com todo conforto e cuidado. Meu pai, minha mãe, eu, Adriana, minha mana Ana, Heraldo Rocha, e outros, estaremos lá, e teremos uma programação profunda tanto para o espírito-alma, quanto também para o corpo. Deverá ser em setembro ou outubro. O mesmo acontecerá no Pantanal.

Guarde essas coisas no coração!

Aguarde as notícias aqui no site!

Beijos!

Caio

08/05/07
Lago Norte
Brasília

AMARGURA: um “espírito” de falsificação da realidade!

NADA FALSIFICA MAIS a realidade e a comunicação do que a amargura.

Quando ela se instala, pela via das machucaduras, das traições, das frustrações, das repetições desagradáveis, ou das muitas acusações recíprocas — nada mais continua a existir objetivamente na visão e na comunicação entre duas pessoas.

É assim até mesmo entre pessoas que se amam, mas que se feriram de alguma maneira.

Na maioria das vezes alguém feriu alguém, e o ferido se magoa profundamente — dependendo do fato, se magoa até a morte —; e se decide continuar a relação porque vê amor naquele que o magoou (embora lhe tenha sido infiel ou desleal, ou estranho), geralmente não consegue ir adiante sem expor sua dor; a qual, quase sempre, no início vem carregada de acusação, mesmo quando não acusa intencionalmente. Entretanto, como o objeto em questão, é o próprio ouvinte-arrependido, ele acaba por se sentir sempre acusado outra vez.

Com o passar do tempo, aquele que feriu a quem ama, também já está ferido e magoado de um outro modo. Ainda que ele (a) saiba que não tem direito de estar. Mas fica assim mesmo.


Conhecendo o Tapeceiro da Vida

O Tapeceiro
João Alexandre


Tapeceiro, grande artista,
Vai fazendo seu trabalho
Incansável, paciente no seu tear

Tapeceiro, não se engana
Sabe o fim desde o começo,
Traça voltas, mil desvios sem perder o fio

Minha vida é obra de tapeçaria,
É tecida de cores alegres e vivas,
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes
Se você olha do avesso,
Nem imagina o desfecho
No fim das contas, tudo se explica,
Tudo se encaixa, tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo,
Muda-se logo a expressão do rosto,
Obra de arte pra Honra e Glória do Tapeceiro

Quando se vê pelo lado certo,
Todas as cores da minha vida
Dignificam a Jesus Cristo, o Tapeceiro
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O tapeceiro da vida...

“Toda nossa vida é uma feitura de Deus.
É uma obra de arte única.
Cada detalhe é tecido e alinhavado
Com o cuidado de um artista
Que sabe muito bem o que faz.

Com muita facilidade nos esquecemos
Da presença constante e insistente do Tapeceiro
A tecer nossa existência-vida.

Mas, sempre há tempo
Para se lembrar disso...
Em tudo, há um cuidado e um carinho especiais,
Que objetivam a realização de uma obra
Que carrega em si a impressão do Amor de Deus.

E isso não vem de vocês,
É dom de Deus;
Não por obras,
Para que ninguém se glorie.

Reconheça o Tapeceiro da sua vida...
E a Ele agradeça por cada detalhe da vida.”
Em amor,
Chico.

A Graça é Hoje...

[...]

A nossa alma pagã em geral não aceita perdão, descanso, paz, certeza de amor, e tudo o mais sem o que a vida não é possível e nem saudável, sem que antes se flagele, se fira, se machuque, se esfole e se acabe...

Mas a Graça é Hoje. Tudo de Deus é Hoje. Assim, quem pela fé entende essas coisas, não tem que se submeter aos apelos pagãos da alma, na sua ânsia de auto-justificação pela via do sofrimento que se nega a receber consolação.
Quem disse “Vá e não peque mais” foi o mesmo que disse “Nem eu tampouco te condeno”.

Desse modo, não resta lugar para penitencias que não purgam, mas apenas geram (em um caso como o seu) a tristeza segundo o mundo, a qual produz tristeza para a morte, e não a renovação da consciência, para a vida.

O Cordeiro que foi morto desde antes da fundação do mundo, é o mesmo que tira o pecado do mundo. “Tira”, que no grego significa tirou, tira e tirará.

Está consumado!

Quem crê tem o perdão, e sabe que o escrito de dívidas que havia contra todos nós, já foi rasgado e encravado na Cruz.

Durma em paz!

Viva em paz!

Confie e sempre terá paz!


Caio

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Trecho extraído da carta Outra escolha de Sofia.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Depois de algum tempo...

por William Shakespeare

DEPOIS DE ALGUM TEMPO você aprende a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima
se você ficar exposto a ele por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa o quanto uma pessoa seja boa,
ela vai magoá-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais,
descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante
das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam,
e percebe que seu melhor amigo e você
podem fazer qualquer coisa,
ou nada,
e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida
são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas;
pode ser a última vez que as vemos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não deve se comparar com os outros,
mas com o melhor que você mesmo pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,
e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou,
mas aonde está indo;
mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes
a pessoa que você espera que o chute quando você cai
é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com o tipo de experiências que você teve e o que aprendeu com elas
do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais em seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens;
poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame
não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode,
pois existem pessoas que nos amam
mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga
você será, em algum momento, condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa caminhar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma
em vez de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar...
Que realmente é forte,
e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor
e que você tem valor diante da vida!

Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

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Extraído do livro As Tábuas de Eva, de Caio Fábio. Editora Razão Cultural, 2001. pp.138-141

A empáfia dos saudáveis

Certa ocasião todos os senis, doentes, loucos e deficientes da terra reuniram-se no topo da montanha mais alta e observaram lá de cima os saudáveis andando pelo mundo sem preocupação, vivendo ao sabor de seus afazeres e apetites. Os enfermos e sofredores viram as pessoas andando sobre suas próprias pernas, enxergando com olhos sem baço, sentindo o toque de todos os sabores e os beijos de todos os toques.

– A empáfia dos saudáveis não tem fim – disse por fim um leproso, tomado de repulsa. – Vivem pelo mundo com seus cabelos reluzentes e suas faces coradas e nada enxergam além de sua própria província. Insensatos! Pensam estar imunes ao nosso exílio!

– Não sabem o que é sofrer – cuspiu sangue um canceroso. – Não sabem o que é viver uma dor que transcende já o corpo e ocupa toda a experiência; não sabe o que é diminuir de tamanho até ser-se metade do que se era. Não sabem o que é ter um coração ou um par de rins que não se bastem.

– Não sabem o que é minguar. Não sabem o que é ser esquecido e esquecer – lamentou tremendo um velhinho com mal de Alzheimer, mas ninguém entendeu direito o que ele disse.

– É preciso que façamos alguma coisa – sentenciou, calando a todos, o rei dos sofredores, que tinha o corpo coberto de chagas mas cuja voz era límpida e possante. – A história do mundo como a registram os livros é uma farsa! Uma farsa mentirosa e parcial! Quem contará a história do ponto de vista dos mudos que não falam, dos feridos que não levantam, dos tortos que murcham e dos encurvados que não desabrocham? Quem recitará nossa poesia? Ninguém, eu lhes digo! Mesmo os mais alquebrados leitores tem alguma saúde, e nenhum de nós tem força ou sanidade para escrever ou falar a língua que os saudáveis podem entender. Quem contará a nossa versão da história e sairá em nossa defesa?

E todos baixaram as cabeças, porque não havia ninguém.

– Há um modo – disse um louco, e alguns conseguiram erguer a cabeça porque parecia haver na sua voz alguma esperança. – Creio que se cada um de nós abrir mão e derramar sobre este leito de rocha um dia sem sofrimento, um dia inteiro sem dor dos dias que nos restam, seremos capazes de destilar um homem saudável, um homem inteiro que fale por nós.

– Você pede que cada um contribua com um dia inteiro sem sofrimento! – comoveu-se o rei dos sofredores. – Mas esses dias nos são tão raros e preciosos! É injusto o que você está pedindo.

– Alguns de nós não terão um dia sem sofrimento para oferecer – lembrou um aidético.

– Se reunirmos as poucas horas de alívio que nos restam – apelou o louco que tivera a idéia. – É por uma boa causa.

– Teremos uma voz – consentiu o rei.

E todos concordaram. Cada um dos doentes e dementes e velhinhos derramou, dos dias que lhes restavam, um dia inteiro sem sofrimento sobre o leito cru da rocha no topo da montanha. Muitas semanas depois, quando último sofredor se afastou, inteiramente exaurido, havia sobre a rocha um pequeno corpo corado, um bebê.

Esse menino foi criado entre os sofredores. Quando fez doze anos foi enviado solenemente ao mundo dos saudáveis para cumprir a sua missão.

– Apenas não esqueça de falar por nós – lembrou o rei dos sofredores ao rapaz que já descia a montanha. – Quem sabe eles ouçam e o mundo mude totalmente.

Anos depois o menino voltou, já homem feito, e apresentou o relatório da sua estada entre os saudáveis.

– Não adianta – ele disse, – eles não ouvem e não querem ouvir. Escrevi livros, dei palestras, visitei escolas, levei-os pela mão até junto dos leitos de hospitais e hospícios e prisões, mas seus olhos estão cegos e seus ouvidos fechados pare este mundo. Eles nada enxergam além de sua própria bem-aventurança, e creêm que o mundo é escrito pelo seu sucesso em manter-se longe do rastro de sangue dos sofredores. Os saudáveis recusam-se a crer que gente como vocês tenha qualquer papel verdadeiro no mundo. O alarido da carne sã é alto, e não consegui me fazer ouvir.

– Isso é terrível – lamentou o rei. – Quer dizer que nosso sacrifício foi em vão.

– Penso – ousou dizer o sadio enviado entre os sofredores – que foi porque sou um só. Se houvesse mais um como eu, quem sabe eles ouvissem e o mundo mudasse totalmente.

Diante desse apelo todos os doentes e atormentados e tortos irmanaram-se mais uma vez e espremeram cada um, de suas veias túrgidas e futuros ressequidos, um dia inteiro sem sofrimento para prover a um novo representante os dias necessários a uma vida inteira de saúde.

O segundo emissário foi criado entre os sofredores pelo primeiro, e partiram juntos anos depois para o mundo das pessoas sãs, onde passaram um longo período. Com o tempo eles cansaram-se um pouco da inutilidade da sua tarefa, e resolveram investir os dias de saúde que lhes restavam em atividade que desse maior retorno. Quando voltaram anos depois à Montanha da Dor, que é a mais alta do mundo e no topo da qual aguardavam os sofredores, os dois enviados relataram o mesmo fracasso que o primeiro havia enfrentado sozinho.

– Não adianta – eles disseram – os sãos não ouvem e não querem ouvir.

– Isso é terrível – lamentou o rei. – Quer dizer que nosso sacrifício foi em vão.

– Talvez tenha sido assim – explicaram os emissários – porque somos apenas dois. Se houvesse mais dois como nós, quem sabe eles ouvissem e o mundo mudasse totalmente.

E é até hoje assim que são feitas as pessoas saudáveis.

 
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