quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Vaca Sagrada

Por Ed René Kivitz

De acordo com as Nações Unidas, cerca de 830 milhões de pessoas no mundo passam fome. Destas, pelo menos um terço vivem na Índia, isto é, um contingente aproximado de 250 milhões de pessoas. Curiosamente, pastam livremente pela Índia aproximadamente duzentos e cinqüenta milhões de vacas, respeitadas, cuidadas e veneradas por setecentos e cinqüenta milhões de pessoas de crença Hindu. Resumo da ópera: as pessoas podem morrer, mas nas vacas ninguém toca.


Esta é a razão porque a expressão “vaca sagrada” indica algo imexível, independentemente das circunstâncias (e até mesmo em situações que contrariam o bom senso: o que pode valer mais que a vida humana? um deus que exige culto às custas de vidas humanas ainda pode ser chamado deus?) Mas isso é para outra discussão. O que pretendo mesmo é abordar algumas “vacas sagradas” dos evangélicos com quem convivo mais de perto (imagino que você conheça muitos deles, ou, quem sabe, seja um deles).


Pretendo discorrer a respeito de alguns “vocábulos vacas sagradas”, que sustentam conceitos que permanecem intocados apesar de sua nítida obsolescência ou falta de fundamentação bíblico-teológica.


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