From: ORAÇÃO POR UM ANJINHO
Date: 05/12/2007 08:24
Subject: sobre a minha fllha
To: contato@caiofabio.com
Oi, Caio,
Graça e Paz.
Aqui é o Léu, do Caminho, que começou os trabalhos com os adolescentes aí e que agora está morando em Goiânia a trabalho.
Caio, eu teria mil formas de contar isso pra você, mas acho que vou optar pela mais direta: há cerca de um mês eu e algumas pessoas próximas à Luísa, minha filha, viemos notando a perda de habilidades que ela já tinha há bastante tempo e também perda da coordenação. Eu estava no trabalho, mas a mãe e a avó dela a levaram no oftalmologista que não detectou nada e depois no neurologista, que detectou uma 'mancha' na tomografia. Encaminhou pra ressonância que detectou uma lança no meu coração: Ela está com um tumor atrás do cerebelo.
O tumor é grande, tem 4x3 cm e está numa área onde não se pode fazer cirurgia (o cerebelo controla respiração e batimentos cardíacos). O tratamento proposto pelo grupo de onco-pediátras é radioterapia associado à quimioterapia.
Ela já está tomando corticóide e o tratamento deve começar no mais tardar segunda feira. Pressionado por minha mãe, um dos médicos acabou dizendo que a experiência dele em 07 anos foi de ver três anos de convivência com o câncer.
Domingo eu estava no culto, pois vim pra Goiânia só segunda. Teve aquele momento de oração e eu senti que era um cuidado de Deus. Eu tenho orado pedindo a cura milagrosa, porque as mãos humanas estão completamente atadas.
Me diz algo, pastor! Eu tô sofrendo demais.
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Meu mano amado Léu: Graça e Paz; a que excede a todo entendimento!
O que posso eu dizer?
Li sua carta ontem e não consegui mais trabalhar. Me deu um forte dor de cabeça e eu parei. Hoje tentei escrever, mas não pude. Adriana e minha filha Juliana ouviram a história e ficaram abaladas. Hoje Juliana me perguntou se eu já havia respondido. Disse a ela que estava orando. Tendo um netinho levado correndo pela casa e pelo jardim o dia inteiro, fazendo bagunça até tarde da noite, desde que sua carta chegou toda vez que olho para ele penso em sua filha; e oro.
Vocês têm que decidir as coisas. Eu posso apenas dizer qual seria a minha tendência se o filho fosse meu e vivendo sob as mesmas circunstancias e com a mesma idade.
Minha tendência meu irmão seria a de não submetê-la ao tormento do tratamento pesado até para adultos.
Sim! Exceto por clara orientação de Deus a mim, o que faria seria curti-la com todo amor, dando a ela tudo que eu pudesse de tempo, atenção e investimento de vida.
Daria tempo, alegria, amor, e muitos e muitos beijinhos e muita atenção, dando a ela todas as chances de passeios, de variedade de emoções e, sobretudo, investiria muita fé em tudo, especialmente quanto a estimulá-la a crer e amar o Senhor.
Quanto ao mais, sem neurose, oraria muito com e por ela. Sim! Imporia as mãos sobre ela com a mãe dela todos os dias, e oraria a oração do amor sereno e confiante.
Somente o Senhor pode dizer o que acontecerá. Porém, o que eu faria seria isto: não a submeteria às penas de um tratamento esmagador e que em si já reduz a qualidade de vida da criança, sendo que, humanamente falando, as chances são pequenas. Portanto, eu preferiria dar a ela um tempo de vida com vida e não com hospitais e tratamentos de aplicação duvidosa quanto a se aumentam ou tempo de vida ou se reduzem ambas as coisas: o tempo e a qualidade de vida.
Gostaria de orar por ela e com ela. Por ela estou fazendo. Mas, quando você vier aqui ou eu for à Goiânia, desejaria muito poder impor as mãos sobre ela em nome do Senhor.
Léu amado: aqui deito minhas lágrimas. Aqui entrego ao Senhor a nossa impotência. Aqui me uno a você com todo amor. Porém, aqui declaro minha impotência e minha esperança.
Vou publicar no site a sua carta na expectativa de que muitos outros sejam tocados por Deus quanto a intercederem pela sua filhinha.
Estou aqui mano!
Com oração e com todo carinho!
Nele, que deu a cada um de nós o tempo de existência que é pleno Nele,
Caio
07/12/07
Lago Norte
Brasília
DF
Por favor, orem.
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