quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Trocando o medo do exu pela dependência da "Igreja"

Caio Fábio

O poder que a superstição tem é imenso.

Quando você vê pessoas inteligentes e cultas abandonarem todo o sentido e significado real das coisas e passarem a temer objetos, signos, símbolos e amuletos — vê-se como a alma pagã (sem a consciência do Evangelho toda alma é pagã) está inapelavelmente sujeita a todo “poder” que não é Poder, pela simples razão de que tais “poderes menores” são feitos e dimensionados pelo tamanho do medo e da insegurança humana.

De fato as pessoas existindo em tal estado, em geral, antes que a fé lhes alcance, precisam de um interventor-mediador, à moda pagã, mesmo que o “mediador” seja eu, a fim de terem coragem de entregar algo que foi por elas, por exemplo, consagrado à “pomba gira” ou a um Exu.

Ontem de manhã vi uma moça bela e saudável tremendo de medo de se ver livre de uma cruz da macumba, uns amuletos e uma bebida sacrificada aos demônios. Ela já não queria cumprir a “oferenda” devida ou contratada com a “pomba gira”, mas também não tinha coragem de jogar fora.

Temia a raiva dos espíritos.

E, assim, há muita gente que vai acendendo velas ao diabo por medo do diabo; e, quanto mais acendem...; quanto mais sacrificam...; quanto mais oferecem... — mais dependentes se tornam, e mais endividados pelo medo se colocam daí para frente.

Há pessoas que continuam dando e dando aos “espíritos” como quem paga uma taxa de proteção ao “trafico” ou à “Máfia”.

Algumas delas, pela via de um amigo, por exemplo, podem até encontrar no amparo do amigo a força para desfazerem-se do “despacho”. No entanto...

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