sexta-feira, 27 de abril de 2007

A VAIDADE DA NOBREZA DO NOSSO LABOR SEM AMOR E FÉ


“Aquilo que é elevado entre os homens

é abominação diante de Deus”

Jesus


A maior parte das coisas nobres que nos ocupam não tem valor diante de Deus, da vida como um todo, e, no final, para nós mesmos.

Nós, entretanto, cuidamos de nos dedicar a muitas tarefas da vaidade disfarçando-as de piedade.

As obras do homem são vaidades. Até mesmo as mais nobres são eivadas de vazio de real significado.

Jesus foi o único que viveu as obras de Deus e do homem, até a mais profunda plenitude, no limitado ambiente da existência como a conhecemos.

Ele, entretanto, nada fez!

Sim! O que Jesus fez?

Ora, qualquer discípulo dirá: Jesus curou. Jesus fez o bem. Jesus tirou gente da morte. Jesus deu a alegria do perdão aos que o procuraram. Jesus amou. Jesus morreu. Jesus ressuscitou e apareceu a alguns discípulos. Jesus ascendeu aos céus. Jesus é o meu Deus e Salvador! Jesus voltará! Jesus é o Alfa e o Omega! Jesus é Senhor de tudo e todos!

Aleluia!

Todavia, quase nenhum desses discípulos que confessam tais coisas como sendo “o máximo”, como sendo a obra de Deus por excelência — são capazes de celebrar as mesmas coisas em suas próprias vidas, a menos que elas se façam acompanhar de outras obras.

Quem cura deseja abrir um Centro de Cura. Quem faz o bem quer criar uma ONG. Quem prega tem que abrir uma Missão. Quem perdoa tem que escrever um livro. Quem se pensa morto pensa-se acabado, e deseja entrar para a História. Quem diz que crê na ressurreição foge da morte como pode, e ergue uma Edificação. Quem diz que Jesus voltará, vive sem esperança, embora almeje ser dono de grande Ministério.

Assim, a maior parte das coisas nobres que nos ocupam não tem valor diante de Deus, da vida como um todo, e, no final, para nós mesmos; pois, não são verdade e não são amor.

Para nós a obra de Deus é visível em números, em prédios, em estatísticas, em prestigio, em fama santa, em honestidade intelectual e moral, em interesse social, em escolha das causas do bem, em esforço pela expansão da visibilidade do “Evangelho”, em aparições de discípulos na grande mídia de modo “bom e digno”, em piedade visível aos sentidos mediante a aparência do bem, em dedicação às chamadas “causas da igreja” como “reino”, em serviço aos líderes ungidos, em planejamento evangelístico, em cursos teológicos, em belos templos, em meiguice estereotipada, em vaidades de ser, de estar, de pertencer, de possuir, de aparecer, de ambicionar, de conseguir, de morrer...

Continuação...


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