Penso que urge cada vez mais uma reflexão profunda acerca dos múltiplos e profundos desdobramentos existenciais da Graça de Deus, ou seja, na ambiência em que ela acontece (ou, pelo menos, deveria acontecer), que é o coração.
Meu desejo sincero é que estejamos libertos do que denomino enquanto uma espécie de “síndrome da alteridade”, que nada mais é do que o retrato perverso de alguém que se preocupa em demasia com o outro, mas que não dá conta – ou não quer, ou algo além disso – de olhar para dentro de si mesmo, e dizer: “o que é isso que me habita”?
Neste sentido, precisamos, como diz Paul Rabinow, ser “antropologizados”, no sentido de uma postura que revele uma espécie de auto-estranhamento de nossas posturas e atitudes, ao invés de considerar que o “exótico”, o “estranho”, o “esquisito” é o outro.
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