
Amado caminhante, Paz! Penso que urge cada vez mais uma reflexão profunda acerca dos múltiplos e profundos desdobramentos existenciais da Graça de Deus, ou seja, na ambiência em que ela acontece (ou, pelo menos, deveria acontecer), que é o coração. Meu desejo sincero é que estejamos libertos do que denomino enquanto uma espécie de “síndrome da alteridade”, que nada mais é do que o retrato perverso de alguém que se preocupa em demasia com o outro, mas que não dá conta – ou não quer, ou algo além disso – de olhar para dentro de si mesmo, e dizer: “o que é isso que me habita”? Neste sentido, precisamos, como diz Paul Rabinow, ser “antropologizados”, no sentido de uma postura que revele uma espécie de auto-estranhamento de nossas posturas...